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Mensagem: ESSES MARAVILHOSOS SESSENTÕES DE MINHA ALDEIAFui, vi e gostei. Valeu a pena conviver com essa geração tão bacana. Viajei, dirigindo meu carro, na quarta-feira, 12 de novembro, tendo como passageiros Tininho e Picolino. Já imaginaram o que foi essa travessia? Papos geniais: geografia, música, política, piadas, filosofia, “causos” e mil outras coisas. O pior é que os sacanas paravam toda hora para tomar uma e eu babava de inveja, submetido que estava ao império da Lei Seca. Quando descíamos a serra e avistamos MOC caiu o maior toró. Esfriou de vez. Tininho comentou:— Bala, acho melhor a gente voltar pra Belo Horizonte, porque esse lugar aqui é muito frio e chove demais. Nós não trouxemos agasalhos.E eu ainda tinha que ir à posse de meu caro novo amigo Petrônio Braz, na Academia Montes-Clarense de Letras. Quase cheguei atrasado.Na sexta-feira, 14, encontrei vários sessentões, desta vez no Esquema, para um arroz com pequi e carne de sol. No auge da noitada eis que chega Joe Cachorro Doido, de Uberlândia. Vai logo pedindo uma cerveja. O garçom, rapazinho inexperiente, atarefadíssimo, pediu um tempo para anotar. Entrei de estalo:— Que anotar porra nenhuma, rapaz. O que você tem que guardar é que no dia 14 de novembro de 2008 teve a honra de servir uma cerveja a Joe Cachorro Doido. Cê num sabe o quanto isso abrilhantará seu currículo.O jovem, sem entender nada, foi logo buscar uma Original, bem geladinha. E sem anotar.No sábado, participei de um almoço, que foi até o jantar, numa tenda do Parque de Exposições. O cardápio foi arroz com pequi e carne de sol. Alvenaria!!! Como comemos! O majestoso recinto, coalhado de gente boa, que habita ou não nossa aldeia, teve como tônica o calor humano. Fiquei, com Haroldinho, na mesa de Ernesto Costa. Cabaré (Haroldo Tourinho Filho) revelou-se grande mestre de cerimônias, acompanhado por dois geniais músicos da família Queiroz (Juquita e Ruizão), primos de Nenzão, o incansável organizador de tudo. Chico Ornelas editou um CD só de músicas da época da juventude deles. Mal começou a tocar, todos foram para a pista de dança, onde balançaram os corpos tutifrutemente, rockroladamente, chachachazmente e avassaladoramente. Os caras não perderam o pique, minha gente! Certamente algumas dores viriam, mas a performance deles, naqueles momentos, foi impressionante. Pareciam rapazinhos e moçoilas celebrando a vida. No domingo não pude participar das comemorações no Automóvel Clube, mas quero agradecer, de coração, a minha querida Ruth Tupynambá, a madrinha do Encontro, a referência feita a mim, nas belíssimas palavras que proferiu, já publicadas no Mural. Quero agradecer também a Nenzão o presente que me deu: uma garrafa da antiga pinga produzida por seu saudoso mano João Reduzido. Já está bem guardadinha para ser saboreada em gotas.Valeu Nenzão! Valeu turma boa! Que vocês caminhem, felizes, para o encontro dos setentões. O velho Bala espera ser novamente convidado.
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