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Mensagem: Mantidos os projetos para o biodiesel - inauguração de usina adiada para janeiroMarinella Castro Os planos da Petrobras para investimentos em biocombustíveis e biodiesel em Minas Gerais permanecem no próximo ano em duas regiões do estado: o Triângulo Mineiro, com a produção de etanol, e o Norte de Minas, com a inauguração da usina de biodiesel de Montes Claros, adiada de dezembro para janeiro, devido à agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A perspectiva é de que Minas Gerais dobre sua participação no segmento de petróleo, gás e biocombustíveis nos próximos quatro anos. De acordo com o presidente da Petrobras Biocombustíveis, Alan Kardec, que esteve ontem na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), mesmo com o cenário de crise mundial, os projetos para o setor estão mantidos. Por outro lado, os riscos de atrasos no cronograma de investimentos não estão descartados. O novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2009 a 2013 seria divulgado em outubro, mas está passando por uma reavaliação devido à crise global, que já fez o barril do petróleo cair a menos de US$ 50. Alan Kardec participou ontem de um painel sobre as “Oportunidades de biocombustíveis em Minas Gerais”, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi, e de acordo com o executivo a determinação da empresa de aumentar a fabricação de biocombustíveis está mantida. “Uma turbulência na economia não muda a estratégia global de perseguir combustíveis alternativos e renováveis. Os atores internacionais têm pressa e o Brasil, entre todos, é o país que tem as melhores condições de produzir o combustível limpo.” Paulo Cesar Bicalho, gerente de Informação e Inteligência Competitiva do IEL, observa que a exposição da Petrobras deixou o setor otimista, mas não descartou a possibilidade do ritmo de investimentos se tornar mais lento que o previsto antes da crise. “A Petrobras está fazendo uma revisão em seus investimentos, mas o entendimento é que os biocombustíveis e o biodiesel são uma solução para compor a matriz energética e também ambiental.” Bicalho ressaltou ainda que Minas Gerais tem grande potencial para se candidatar como estado produtor dessa nova energia, já que não pode ter a mesma participação na cadeia do petróleo. Atualmente o parque industrial de Minas responde por 8% do fornecimento de materiais, serviços e equipamentos para o segmento de petróleo, gás e biocombustível. Kardec calcula que essa participação dobre até 2012. “Minas tem condições de aumentar o volume de fornecedores. Para tanto, é preciso haver uma integração das oportunidades, possibilidades, prazos e preços”, ressaltou. A capacidade total de produção da Usina de Montes Claros será de 170 milhões de litros de biodiesel por ano, menor que a crescente demanda mundial pelo óleo. Já o mercado do etanol, grande aposta do país na energia limpa, continua sinalizando por uma retomada do mercado externo. As perspectivas de exportação de 5 bilhões de litros de etanol entre 2008 e 2009 ainda não se concretizaram.
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