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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: ROBERTO MAURO AMARAL

Fui à Câmara Municipal de Belo Horizonte e presenciei nosso conterrâneo Jarbas Soares Filho (ele nasceu em nossa aldeia e foi criado na gostosa São Francisco) receber o título de cidadão honorário. Jarbinhas fez um grande discurso barranqueiro. Depois fui ao Bar Brasil e tive o prazer de encontrar meu irmão de leite Flávio Pinto. Batemos aqueles papos amigos, telúricos, saudosistas e pós-modernos de sempre. Ao Jarbinhas disse que era o mais novo amigo de Petrônio Braz, filho do velho Brazim, de São Francisco, amigo de meu pai e de meu tio Augusto Getúlio, que tinha ido à posse dele na Academia e que era vizinho de Rodrigo, neto de Petrônio, em Montes Claros. A Flávio, dentre muitas outras coisas, falei dos 70 anos de um grande amigo nosso, Roberto Mauro Amaral. Aí lembramos de nossas vidas esportivas, quando jogávamos basquete na Praça de Esportes e Roberto era um de nossos ídolos. Em casa, começaram a surgir em minha mente antigas imagens de minha amizade e admiração por este grande conterrâneo, que está completando 70 anos de idade. Recebera um lindo convite, entregue por sua filha Greycielle. Roberto está, numa belíssima foto, com a esposa, os filhos, os genros, as noras e os netos, com aquele seu semblante que irradia, como sempre, muita energia positiva e bondade, com aquele seu sorriso bonito e fraterno e, para ser sincero, com aquela aparência de quem tem menos de meio século de vida.
A primeira vez que o vi foi na residência de seus pais. Eu era colega de seu irmão Luciano e fui lá estudar para uma prova. A família tratou-me com o maior carinho e foi assim que brotou em mim aquele querer bem, próprio de nossa gente, à esposa e aos filhos de “seu” Amaral. Em 1957, fui estudar no Colégio D. Bosco, em Cachoeira do Campo, onde já se encontravam os irmãos Edgar, Ivan e Ernane Pereira. Roberto e Tutica já haviam ali concluído o curso ginasial e as proezas dos dois numa quadra de basquete ainda eram cantadas em verso e prosa. Voltei a MOC, em 1958, e comecei, influenciado por eles, a praticar esse esporte. Roberto já estudava Agronomia, numa das mais conceituadas faculdades do Brasil, a de Viçosa. Formou-se e, depois, fez pós-graduação na Espanha, para orgulho de todos nós. Depois o vi, incansável, trabalhando em sua empresa, com seu irmão Lúcio, fazendo projetos para a Sudene. Depois o vi comandando a CODEVASF. Depois o vi Deputado Estadual, com brilhantíssima e honrada atuação em favor de todos nós. Depois, vizinhos, passei a ter o prazer de sempre me encontrar com ele, em nosso bairro de Belô, o Gutierrez.
Flávio Pinto e eu lamentamos não podermos comparecer à festa, que será no Buffet Duca e Nazareth, o que nos fez lembrar de nosso querido Zim Bolão, marido de Duca, nosso técnico. Roberto foi o primeiro atleta que vi lançando uma bola do ar, num majestoso jumping. A partir daí foi que todos nós, os pouco tempo mais jovens, por imitação, aprendemos a também fazer isso: Flávio, Haroldinho, Armeninho, Dutão Figueiredo, Aristóteles, Xandão e muitos outros. Roberto era um exemplo de atleta e de estudante e, por isso, uma das pessoas que todos nós mirávamos para continuar nossas travessias. Nós o chamávamos de Betiona. Só depois de maduro passei a tratá-lo, como faço até hoje, por Bob. Recordo de um timaço em que jogavam ele, Tutica, Lúcio, Armeninho e Haroldinho. Três da família Amaral e dois da família Veloso, com reservas à altura, dentre eles, Osmane e Guim. Timaço. Chamava-se Amável, fusão dos nomes Amaral e Veloso. Joguei umas duas vezes contra este time e perdi feio. Mas valeu a pena. Em 2007, quando, tal qual Jarbinhas, recebi o título de cidadão honorário de Belô, a presença de Roberto na Câmara Municipal, me emocionou. Só que cometi a imperdoável omissão, involuntariamente e embriagado por essa emoção, de não dizer a ele, da tribuna, as palavras que lhe havia reservado em minha mente e em meu coração.
Meu caro Betiona, creio poder falar a você, aqui, não só em meu nome, mas também no de Zim Bolão, no de Flávio Pinto, no de Zé Aluísio, no de Armeninho, no de Haroldinho, no de Zé Cocão, no de Waltinho, no de Buião, no de Bichara, enfim, em nome de todos os seus amigos e admiradores da turma do basquete de nossa Praça de Esportes, nesse momento feliz de sua vida, para mandar-lhe um grande abraço e desejar-lhe toda a felicidade deste mundo, junto a Neide, a seus filhos, noras, genros e netos, porque você só plantou, até hoje, coisas boas e merece grandiosa colheita. Obrigado por você existir. Parabéns, caro amigo e que nós possamos comemorar seus 80, seus 90 e seu centenário. Quem sabe com uma partidazinha de basquete entre o Amável e uma seleção dos que ainda estiverem por aqui, dirigida por Zim Bolão? Já estou me preparando para mais uma fragorosa derrota. O placar, imagino, deverá ser 10 a 5 para o Amável. Mas que será um grande jogo de basquete, será. Podes crer, amizade!

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