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Mensagem: Montes Claros está sem serviço de tratamento de lixo - Luiz Ribeiro - Nos últimos dias, a cidade de Montes Claros, no Norte de Minas, passou a conviver com um antigo problema: lixo lançado a céu aberto, provocando vários danos à natureza. O problema surgiu porque o serviço de tratamento e aterramento dos detritos no aterro sanitário do município foi suspenso pela atual administração, que será encerrada nesta quarta-feira (31 de dezembro). São coletadas na cidade, diariamente, cerca de 300 toneladas de lixo, levadas para o aterro sanitário, localizado próximo à saída para Pirapora - BR-365, a seis quilômetros da área urbana. O aterro é gerenciado pela Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (Esurb), que não forneceu nenhuma explicação sobre a interrupção do serviço. Na terça-feira, a reportagem do Estado de Minas esteve no local, onde constatou que o lixo está sendo exposto ao ar livre, sem nenhum tipo de tratamento. O serralheiro Walber, que mora numa casa, ao lado do aterro sanitário, disse que há um mês foi interrompido o serviço de compostagem e aterramento do lixo, que era feito com tratores e máquinas alugadas pela Esurb. “Infelizmente, com o lixo lançado a céu aberto, a situação aqui piorou muito, com o aumento do mau-cheiro e das moscas”, disse o serralheiro. Ele confessou que tem vontade de conseguir melhores condições de moradia. “Só vivo aqui porque não tenho outro lugar”, afirmou. Walber mora ao lado do “lixão” com a mulher e um filho, de apenas 10 meses. Ele negou que a área seja invadida, alegando que comprou a casa de uma antiga moradora.Proprietários de imóveis próximos do aterro também reclamam do mau-cheiro, urubus e a proliferação de moscas e ratos. Na atual administração, chegou a ser anunciado um projeto para a transferência do aterro sanitário para um outro local, distante da área urbana, mas que não saiu do papel. Atraso no pagamentoNa entrada do aterro sanitário, um funcionário da prefeitura confirmou que o serviço de tratamento do lixo foi interrompido há mais de duas semanas. Revelou ainda que os donos dos tratores alugados pela Esurb teriam paralisado as atividades devido à falta de pagamentos por parte da atual administração, do prefeito Athos Avelino (PPS), que será encerrada nesta quarta-feira. Na terça-feira, a reportagem tentou falar com o presidente da Esurb, João Avelino Neto, e com o diretor Operacional da empresa pública, Cleber Veloso Caldeira, mas nenhum deles retornou.A questão também foi denunciada ao Ministério Público. Desde 18 de dezembro que o prefeito eleito, Luiz Tadeu Leite (PMDB), encaminhou um pedido de providências à Promotoria do Meio Ambiente de Montes Claros, tendo em vista que uma empreiteira responsável pelo recebimento e acondicionamento do lixo no aterro sanitário suspendeu seus trabalhos naquela data. A interrupção, alegou, foi motivada pela suspensão de contrato de prestação de serviços.Porém, na terça, promotor de plantão da comarca de Montes Claros, Fabrício Costa Lopo, disse que ainda não tinha conhecimento da situação do aterro sanitário, motivo pelo qual não tomou providências a respeito. Fabrício Lopo, que trabalha em Araçuaí (Vale do Jequitinhonha), lembrou que assumiu o plantão em Montes Claros no dia 20 de dezembro. Ele salientou ainda que, como plantonista, se manifesta “apenas em cima das questões de natureza urgente”. Disse que repassará o caso do aterro sanitário para o promotor de Meio Ambiente, que retorna de férias em 7 de janeiro.
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