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Mensagem: BAIANEIRO Diz um popular chamado João Paulo que: o mineiro se tem barro, vai atrás; se tem poeira, vai à frente e, se tem porteira, vai ao meio. No entender do cronista Tião Martins, o mineiro termina com a realidade posta no seu devido lugar e faz coisas que até Deus duvida! A vida, entretanto, nos prega peças e o mineiro dos Montes Claros, assim como o argentino, é diferente. O argentino embora tenha nascido na América do Sul é um europeu defasado e caótico, o montes-clarense um baiano disfarçado, comedor de pequis e bebedor de uma boa cachaça com rusâro. Não é mineiro, quem trabalha fazendo esparro e vive ostentando riqueza, mesmo sem a ter, ao contrário do baiano e do conterrâneo de outras regiões que esconde o jogo. O baiano tem conversa mole, olhar de cascavel e quase sempre está aplicando. Já o montes-clarense diz que fala a meia verdade, quase sempre inventa para aparecer e é chegado a uma boa crioula e em atabaque de terreiro de macumba (de noite). O montes-clarense vive dizendo que, como bom mineiro, dá um boi para não entrar e dá uma boiada para não sair da briga. Pura bazofia sofística! Ele resolve as suas pendengas é no terreiro e com despacho pesado. Assim como o baiano, o povo de Figueira gosta de farinha Morro Alto, carne de sol, de dia aparece como católico praticante e amigo de padres e similares. De noite, cai nas quebradas e no vodu. É meio pedra, meio tijolo! As mães montes-clarenses amarram o candidato para casarem com suas filhas na fita de Santo Antonio, que é enterrado de cabeça para baixo! Não vem que não tem que eu sei de tudinho! Os cobradores que vêm da capital para receber as compras por lá feitas e não pagas são escorraçadas na encruza. Saem daqui com um quente e duas fervendo! Aviso aos meus leitores: As casadas andam fazendo macumba para o marido brochar quando sai com a filial. Nem o comprimido azul dá jeito. Outro costume nosso que não bate com a alma do mineiro, é o de fazer conta e amarrar a nota no rabo do veado (da roça). Nem o homem vestido de branco recebe... Agrega-se ao fato, a bazófia de freqüentar saunas e bares da moda, onde só conta vantagem. Relata a suposta riqueza da família (sem citar a espúria) e diz que a mulher tem coleção de jóias. Como está quebrado em todas as áreas, a informação acaba caindo nas mãos de ladrões que vêm da capital para fazer a limpa na casa do baianeiro otário. Aviso aos meus leitores: o montes-clarense (e me incluo no rol) é baianaz. Uma mistura de baiano macumbeiro com mineiro treiteiro e ferrabrás! Se você toma o montes-clarense pela aparência, acabará comprando uma cobra criada vestida de gente da roça. Uma roupagem curraleira e enganosa. Nós somos supostamente tementes (rimou) da ira de Deus, mas carregamos no bolsinho da calça um patuá de macumba feito no gongá de Pai Didi, Afô de Ofonjá. Por aqui, nós pitamos cigarro de palha apenas para dar tempo enquanto imaginamos a chaveta e o contra agá que praticaremos no semelhante! Enquanto picamos o fumo (de rolo), e alisamos a palha, estamos preparando um golpe certeiro. Ninguém escapa da nossa chaveta. Quem se fizer de besta e cair no nosso engodo, na nossa conversa fiada, de que somos ricos e se deixar enganar pela nossa presença em botecos da moda, gastando o que não temos, falando em férias na Europa, vai ficar na mão do calango! Nós somos da roça, mas somos chiques... E estamos conversados, em definitivo. Nós os filhos de Figueira e descendentes de baiano macumbeiro.
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