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Mensagem: Usina produz sem fornecedor local - William Monteiro - A usina de biodiesel da Petrobras, em Montes Claros, Norte de Minas, entrou em operação no último dia 10 de janeiro, com uma produção diária de 150 metros cúbicos de óleo bruto retirado de oleaginosas. Entretanto, a usina ainda não está cumprindo a promessa de captar a produção local, gerando emprego e renda para a região, já que quase a totalidade da matéria-prima utilizada vem de fora.Última das três unidades criadas pelo Governo a entrar em operação (as similares de Candeias, na Bahia, e de Quixadá, no Ceará, já funcionavam desde o final do ano passado), a usina do Norte de Minas, de acordo com o seu coordenador, Onésimo Azeredo, pretende atingir, nos próximos três meses, a marca de 11 mil metros cúbicos de biodiesel, à base de mamona, girassol e côco de macaúba. Segundo ele, a utilização da macaúba será uma experiência pioneira no país. O secretário municipal de Agropecuária de Montes Claros, Roberto Amaral, lembra que “o ano agrícola está começando e nossa preocupação é garantir a produção de toda a matéria-prima (as oleaginosas), além do seu esmagamento por empresas locais”. O próximo desafio é, justamente, agregar ao projeto as empresas de esmagamento de oleaginosas.Onésimo Azeredo aponta a saída, ao citar que, na região, já existem esmagadoras que funcionaram no ciclo do algodão. “São cinco ou seis indústrias, que precisam de alguns ajustes para trabalharem com as oleaginosas. Juntas, elas têm capacidade para processar 300 toneladas/dia”, disse. Azeredo avalia que, para cada uma, seriam necessários investimentos em torno de R$ 3 milhões para a completa adequação às necessidades da usina. Atualmente, cerca de 8.700 agricultores estão inseridos no projeto da usina, dos quais 6 mil já plantaram mamona e girassol, informa o coordenador da rede Ater biodiesel da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Jader Murta. Em 2008, a safra contabilizou 560 toneladas, principalmente de mamona. Para 2009, a Emater calcula que serão produzidas 9 mil toneladas de mamona, 1.500 toneladas de girassol e 600 toneladas de coco macaúba. Murta explica que, para conseguir o “selo combustível social” da Agência Nacional do Petróleo (ANP), é preciso que pelo menos 30% da matéria-prima sejam provenientes da agricultura familiar. Azeredo confia que, em 2010, haverá 60 mil famílias envolvidas, em 96 municípios, numa área de 300 km em torno de Montes Claros.
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