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Mensagem: 30/04/09 - 10h33 - ´A Polícia Federal tem todo o mapeamento das estações criminosas no Norte de Minas. Elas são monitoradas pela Anatel, a partir de Brasília e de Belo Horizonte, e também através de unidades móveis´

(...) Não há nada que contribui tanto para a sensação de impotência da lei e da autoridade do que o funcionamento desses sinais criminosos de rádio. A cada operação da Polícia Federal e da Anatel, dezenas são fechados e voltam a funcionar na semana seguinte. Os sinais criminosos de rádio começaram a surgir no início do governo FHC e se proliferaram pelo país. Hoje, praticamente não existem mais no sul do Brasil. Também no sul de Minas e na Bahia, os casos são raros e prontamente combatidos. Contudo, desafiam a lei abertamente no Norte de Minas.
(Por um tempo, em razão da disputa política municipal, Montes Claros chegou a ser uma das cidades do Brasil que mais teve rádio pirata, ou criminosa. Cada vereador ou aspirante ao cargo de vereador na eleição seguinte fazia funcionar um sinal de rádio, clandestino e criminoso. A Câmara de Vereadores, no sinal mais claro da anarquia que a dominou por um período, até aprovou uma lei revogando a Constituição da República e transferindo para os vereadores de M. Claros a competência de legislar sobre o assunto, que é exclusiva do presidente da República e do Congresso Nacional. Por unanimidade, 25 desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas, por sua mais alta corte, revogaram ´a lei´, apresentada por vereador que antes de legislar fantasiosamente em causa própria fez instalar na cidade um rosário de ´rádios´ próprias, todas controladas por ele. Foi derrotado na eleição seguinte. Depois, algumas ações da Polícia Federal combateram as que restaram do sonho do vereador, mas algumas insistem em desafiar a lei e afrontar as autoridades dos três poderes). (...)
Até honrados juizes e comandantes policiais já foram surpreendidos dando entrevistas para emissoras criminosas, sem que se dessem conta disso. Informados, demonstraram seu espanto com a ousadia do crime.

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