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Mensagem: Ufa! - para tanta festa em M. Claros.Termina hoje, já 13 de julho, a temporada mais intensa do calendário de festas da festeira M. Claros. O período começa com as fogueiras e termina com o fim do que chamamos, ou chamávamos, de ´exposição´. Antes, era Exposição Agropecuária e Regional de M. Claros. Hoje, virou a prosaica, nominalmente singela ´expomontes´ - e nada mais. No balanço, outra vez ficou a lição de que a exposição precisa ser repensada. Foi sucesso de negócios, mas o parque está perdido, com o olhar de paisagem, esquecido dos seus dias de glória, e ali se lamenta a própria ausência dos fazendeiros, da classe rural que a inspira, e inspira a nossa cultura, muito genuína. Deixou de ser parque de exposições, para ser parque ´de shows´, mas até aí a coisa anda nebulosa. O público não apareceu este ano. Sumiu. O fato é que este período de festanças chegou ao fim. (Chegou ao fim? Tem um mega-show marcado para estes dias...). Vale perguntar: será se a cidade aguenta tanto show? O fato é que o dinheiro apanhado aqui é levado limpinho para outros lugares, sem nada deixar no seu lugar - a não ser brigas ocasionais. Valerá a pena? Vale repensar tanta festa, com talvez pouco resultado. Temos uma cidade segura para uma rodada tão intensa de festejos debaixo de mil títulos? Não foi aqui que mataram um rapaz porque encontrou o portão da festa fechado para ele, que não foi convidado? É bom que meditemos todos. Para que não aumentem os prejuízos, financeiros, e principalmente os prejuízos humanos, irrecuperáveis. E, por favor, não misturem neste mesmo saco a Festa dos Catopês. Essas têm quase 200 anos. E são cultuadas num patamar muito distante, acima e além. (Mas, aquele festival na praça da Matriz que resvalou para noites de meras bebedeiras, e que os catopês não gostam, aquele festival também precisa ser reescrito, para que volte a cultura e deixe ir a sucessão de equívocos que aprisionou sua alma).

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