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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Estudante vai à Justiça por vaga na Unimontes - Girleno Alencar - Três estudantes impetraram, ontem, mandado de segurança, na Justiça, para que sejam matriculados na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Eles foram desclassificados no vestibular realizado no mês passado, sob alegação de irregularidade na inscrição do concurso, quando se apresentaram como carentes egressos de escola pública. As assistentes sociais da instituição não comprovaram esses dados. A primeira ação foi impetrada pela advogada Érica Marlem Xavier, em defesa do estudante Camilo Carvalho, 21 anos, de Catuti, que obteve pontuação para ficar em segundo lugar em Medicina, mas foi desclassificado. A Comissão Técnica de Concursos (Cotec) alega que somente com ordem judicial poderá mudar a lista de aprovados.Wesley Diego Antunes, que obteve pontuação para ficar em terceiro lugar, na reserva de vagas, em Medicina, pediu ajuda da Defensoria Pública para entrar com a ação. A candidata Yolanda Assis foi eliminada em Ciências Contábeis. Segundo a advogada Érica Xavier, que impetrou mandado de segurança, o prazo final para a matrícula dos aprovados terminaria ontem e sua preocupação era obter a ordem judicial para que os estudantes fizessem a inscrição, enquanto se discute o mérito da causa. Camilo é filho da encarregada da creche municipal de Catuti, Maria Aparecida Carvalho, que recebe salário mínimo. Segundo ele, em 2005, quando conclui o ensino médio, foi morar em Montes Claros, em uma república. O estudante afirma que, em 2008, foi aprovado em Odontologia, mas não se matriculou, “para perseguir o sonho de cursar Medicina”. Agora, obteve 188,87 pontos, que lhe daria o segundo lugar, mas foi eliminado após análise socioeducativa feita pela equipe da Unimontes, o que não ocorreu no ano passado, quando foi aprovado em Odontologia. “Uma pessoa da Unimontes procurou a república onde moro e não me encontrou. Estava em Catuti, fiz contato e me pediram para aguardar. Conversei com três pessoas por telefone. Quero meu direito, pois sou filho de família carente”, afirma Camilo. Na segunda-feira, ele protocolou recurso administrativo na Cotec, que indeferiu o pedido. O presidente da Cotec, Reinaldo Marcos Batista, afirma que, como não teria condições de acatar o recurso, disse aos estudantes que só com ordem judicial poderia fazer a matrícula. Segundo ele, os candidatos não foram encontrados, nas visitas, e ocorreu as eliminações, pois era preciso divulgar o resultado do vestibular. “Não houve má-fé da Cotec. Fizemos três visitas de inspeção e não encontramos os candidatos. O sistema de vagas existe há oito anos e só agora deu problema”.

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