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Mensagem: Telefone: (31) 25557300 - Mensagem: Jazidos de ferro no Norte de Minas. Como sempre, com muita pertinência, tenho a alegria de ler o Waldir Sena Batista discorrendo sobre nossos recursos minerais. O nosso norte mineiro, na correta versão catrumana parece até mesmo não ser parte das Minas Gerais que, aliás, no dizer de Guimarães Rosa, são muitas. Somos esquecidos da mesma maneira que o noroeste, o Vale do Jequitinhonha e do Mucuri. Só de uns poucos anos para cá, por força de influência de Montes Claros e Teófilo Otoni, é que as coisas vão se esclarecendo, principalmente a história das minas e do gerais. Desde menino que ouço falar nessas riquezas e, quando jovem, as conheci, visitei e fotografei. Em campanha do Tácito (os familiares dele botavam a tônica no i de forma paroxítona) andei muito em jeep e cavalo por léguas e mais léguas nos arredores de Rio Pardo de Minas, o mesmo ocorrendo com José Americano e Binha, infelizmente todos mortos, em Porteirinha, Mato Verde, Salinas e Taiobeiras. Em Monte Azul também, com o finado Waldomiro Sá, sempre apreciando as enormes jazidas de ferro. Algumas amostras trouxe-as para serem analisadas em Belo Horizonte, razão pela qual conheço o altíssimo grau ferruginoso daquelas rochas. Está chegando a vez e a hora do setentrião mineiro, agora em vias de depararmos com a exploração de ferro e gás, alem da boa possibilidade de petróleo e outros minerais. Bauxita, por exemplo, no antigo Jacaré , hoje Itacarambi. A divulgação dessas ocorrências, principalmente do gás à margem esquerda do São Francisco, eu fiz em toda minha vida, a partir da campanha ´Petróleo é nosso´, sedutor título que galvanizava a mocidade brasileira nos anos cinqüenta. O primeiro periódico a divulgar as emanações naturais de gás no noroeste mineiro foi o ´jornalzinho´ mensal da UNE, contrapondo-se aos dirigidos relatórios do Mister Link, história que já contei aqui neste jornal e em outros. Agora, para completar o quadro de boa ventura, que prevejo para nossas gerais, precisamos integrar nossa região à do planalto central através da ligação Januária a Arinos, assim como transformar o Norte na Caixa D´água de Minas, como há anos vem se batendo o jornalista Theodomiro Paulino, pessoa de acentuado espírito público. Não só as barragens do Jequitaí e do Congonhal, mas todas que puderem ser feitas. Há longos anos, um deputado da arena, oriundo da UDN, dizia que Minas, pelas mãos de J.K se transformara na caixa d´água do Brasil. E falava como se defeito fosse. Hoje, se percorrermos as localidades do entorno de Furnas e Três Marias, assim como o do Estreito no triângulo, verificaremos o arranco progressista dessas caixas d´água. Aqui mesmo em Montes Claros, à esquerda do posto rodoviário da polícia federal, temos um enorme valadão, com dezenas de córregos, que secam na seca a espera de três ou quatro pequenas barragens para se transformar em imenso lago, reservatório de água para irrigação, consumo humano e animal. Dentro de trinta anos precisaremos de toda este água. Fico feliz em verificar que o Jamil Coury, junto a outros montesclarenses de visão, acabou de fundar o Adenor, como órgão ´brain storm´ (explosão de idéias, em tradução mais entendível). Percebo, no entanto, o imobilismo da nossa mocidade, principalmente a acadêmica, a quem, com a minha experiência de vida e alta sensibilidade para a coisa pública, conclamo a mais conhecer e participar do nosso desenvolvimento regional. Mário Genival Tourinho Advogado/OAB/MG 5.994
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