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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Não há registro definitivo da vinda de Guimarães Rosa a M. Claros. Hoje, o extraordinário cronista montesclarense Manoel Hygino, que presta à memória de Minas um serviço impagável, hoje Manoel Hygino registra em sua coluna no jornal Hoje em Dia que Guimarães Rosa, segundo depoimentos, teria apenas cruzado M. Claros, de trem, na companhia de Manuelzão, tornado célebre por ele, na obra universal. Se não há registro incontroverso, também não está descartado que o maior escritor do Brasil, nascido na vizinha Cordisburgo, não tenha ficado entre nós outras vezes, quando menos conhecido. Se não veio fisicamente, conceda-se que o menino Joãozito ouviu histórias sem fim dos sertões de M. Claros, quando, deitado na parte inferior do balcão do pai, absorvia histórias (e estórias) dos vaqueiros do Norte de Minas que aportavam ali, indo e vindo com boiadas embarcadas nos trens para Belo Horizonte. O trem parava bem defronte à venda do senhor Florduardo Pinto Rosa, conhecido e reconhecido como senhor ´Fulô´, empório que ficava, fica, bem defronte à gare de Cordisburgo. Tanto é que uma das frases mais bonitas de Guimarães Rosa – das milhares contaminadas por infinita poesia – uma em especial é para M. Claros. Na zona boêmia da cidade, jagunço apaixonado (creio que em “Noites do Sertão”) deixa escapar em relação a antigo amor – “Montes Claros me deve paixão...” Esta frase encantava o grande escritor mineiro, dos maiores, Wander Pirolli, que a repetia sem parar nas numerosas vezes que veio a M. Claros, quase incógnito, modestíssimo e brilhante que era.

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