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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024
 

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Mensagem: MINISTÉRIO DA SAÚDE - GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS - NOTA À IMPRENSA -Terça-feira, 18/8/2009, às 20h30 Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil Período entre 25 de abril e 15 de agosto I – ÓBITOS E FATORES DE RISCO · As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde informaram, neste período, 368 óbitos por influenza A(H1N1). ATENÇÃO: o O aumento no número de óbitos em relação ao último boletim NÃO SE REFERE a casos novos de pessoas que morreram neste período de uma semana, mas a casos que tiveram confirmação laboratorial entre 8 e 15 de agosto. o Eventuais confirmações de novos óbitos pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde serão incluídas analisadas apenas no próximo boletim. Distribuição de óbitos por influenza A(H1N1) por Unidade Federada · Do total de pessoas que morreram, 185 (50,3%) tinham fator de risco, incluindo gestação. · Doenças metabólicas e respiratórias, cardiopatias crônicas, hipertensão arterial e imunodepressão (pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes de câncer e aids), além de gestação, são os principais fatores de risco para óbitos, entre os casos graves pelo novo vírus (leia mais sobre gestação abaixo). Distribuição de óbitos de SRAG pela nova Influenza A (H1N1), segundo presença de fatores de risco. Brasil · Reitera-se que o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos. Esta conduta tem sido recomendada pela OMS desde meados de julho e seguida pela maioria dos países, com priorização para monitoramento de casos graves. A taxa de mortalidade dos casos graves confirmados para o novo vírus no Brasil é de 0,19 óbitos por 100 mil habitantes. Taxas de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) País Óbitos População Taxa de mortalidade 1. Argentina 404 40.276.376 1,00 2. Chile 112 16.970.265 0,65 3. Uruguai 22 3.360.854 0,65 4. Costa Rica 29 4.578.945 0,63 5. Paraguai 39 6.348.917 0,61 6. Austrália 118 21.292.893 0,55 7. Malásia 67 27.467.837 0,24 8. Peru 62 29.164.883 0,21 9. Brasil 368 191.481.045 0,19 10. Canadá 66 33.573.467 0,19 11. Equador 23 13.625.069 0,16 12. EUA 477 314.658.780 0,15 13. México 163 109.610.036 0,14 14. Tailândia 97 67.764.033 0,14 15. Reino Unido 44 61.565.422 0,07 IMPORTANTE: o Os países do Hemisfério Sul, que estão no inverno, continuam registrando aumento no número de casos e de mortes, ao contrário dos países do Hemisfério Norte, que estão no verão, quando a transmissão é significativamente reduzida. Os países adotam periodicidade diferente para atualização do número de óbitos. II – CASOS GRAVES E FATORES DE RISCO · De 25 de abril a 15 de agosto, foram registrados 20.820 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país – ou simplesmente casos graves. Segundo a distribuição destes casos por semana epidemiológica, observa-se diminuição no número absoluto de casos graves pelo novo vírus na 32ª semana, que vai de 9 a 15 de agosto. · Isso pode ser visto nas colunas vermelhas do gráfico abaixo. Porém, esta observação pode não refletir a realidade, pois muitas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde possuem casos não digitados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a base de dados que o Ministério da Saúde utiliza para analisar a nova doença. · Portanto, trata-se de um indicativo ainda preliminar de que a doença pode estar recuando. Distribuição de casos de SRAG, por semana epidemiológica, segundo classificação etiológica. Brasil · Do total, 3.712 foram confirmados para algum tipo de vírus influenza, sendo 58% em mulheres. Entre os casos graves positivos para influenza, 3.087 (83%) foram confirmados para o novo vírus e 625 (17%) para influenza comum. Distribuição de casos de SRAG e Influenza A (H1N1) por unidade federada. Brasil · Os principais fatores de risco para desenvolver formas graves são doenças respiratórias, idade igual ou menor que 2 anos, debilitação do sistema imunológico, doenças cardiovasculares (incluindo hipertensão arterial) e metabólicas, além de gestação (leia mais sobre gestação abaixo). · Entre os casos graves por influenza sazonal (gripe comum), os principais fatores de risco foram doenças respiratórias, idade igual/menor que 2 e igual/maior que 60 anos, doenças cardiovasculares (incluindo hipertensão arterial) e debilitação do sistema imunológico. · Dentre os casos graves de influenza causados pelo novo vírus, 42,4% (1.308) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, incluindo a gestação. Nos casos graves confirmados para influenza sazonal, a proporção foi de 37,3% (233). Os dois índices são semelhantes aos observados no boletim anterior: 43% e 38%, respectivamente. Distribuição de casos de SRAG, pela nova Influenza A (H1N1) e pela influenza sazonal, segundo grupos e fatores de risco. Brasil · Segundo a faixa etária, a maior proporção de casos graves confirmados para o A(H1N1) está nas faixas de 15 a 24 anos e 30 a 49 anos. Para os casos de influenza comum, predomina a faixa etária de 30 ma 49 anos. Proporção de casos de SRAG por influenza sazonal e Influenza A (H1N1) por faixa etária. Brasil III – MULHERES E GESTANTES · De todos os 3.087 casos graves confirmados para Influenza A (H1N1), 283 são gestantes (9,1%). Das 283 gestantes infectadas pelo A(H1N1) em estado grave, 237 evoluíram para a cura. · Do total de 1.151 casos graves de mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) confirmados para o novo vírus, 24,6% são gestantes, enquanto que para influenza sazonal, 15,4% são gestantes. Distribuição de casos de SRAG por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil · Do total de 368 óbitos no país, 46 eram gestantes (12,5%). Distribuição de óbitos por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil IV – ANÁLISES LABORATORIAIS · Os três laboratórios de referência do Ministério da Saúde analisaram 8.519 amostras de secreção respiratória positivas para influenza e outros vírus respiratórios. · Do total, 5.767 (67,7%) foram confirmadas para o novo vírus influenza A (H1N1) e 1.958 (23%), para influenza A sazonal. · Os laboratórios de referência são o Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP), o Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

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