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Mensagem: AO LUIZ, CELESTE E MÁRCIA Jose Prates Quando telefonei para Luiz Roberto Oliveira, depois de ler o que ele escreveu no moc.com, sobre o meu artigo, esperava escutar pelo fone, o sotaque misto de baiano e mineiro, próprio da gente de minha terra. Não foi o que ouvi. O que escutei foi um sotaque carioca, no linguajar da zona sul. Conversamos um pouco e fiquei sabendo de suas idas e vindas a Montes Claros conhecendo e sentindo a cidade que cresce mais a cada dia. Encheu-me de alegria e orgulho ao falar da cidade universitária abrigando os milhares de jovens que buscam garantia do seu futuro nas diversas faculdades que formam a Universidade; falou-me da indústria que cresce e absorve milhares de mão de obra numa cidade que não conheço. Apesar de tudo isto, a poesia não morreu e Montes Claros de vocação poética ainda está viva. Logo depois do telefonema ao Luiz, surpreende-me Celeste Priquitinho, filha mais nova de Zé Priquitim, que, em mensagem no moc., nos agradece pela referencia que fizemos ao seu falecido pai. Menina! Será que você não se deu conta que seu pai fazia parte da nossa cidade e quando falamos do Montes Claros de ontem, o bar do Zé Priquitinho com seu pastel frito na hora, acompanhado de caldo de cana, era um dos nossos programas do dia-a-dia e está sempre presente em nossa lembrança como peça da nossa historia.? É isso, garota. História é historia ninguém pode mudar. Mas, não ficou só nisso. Depois veio o e-mail de Marcia Gabriche dando-me um puxão de orelha porque falei que “amigos já não os tenho.” Afirma que eu ainda os tenho e apresenta-se como um deles, lembrando que lhe carreguei no colo. Márcia, minha filha. Você não entendeu. Amigos a que me referi são aqueles daquela época que já se foram para outra dimensão, deixando aqui, apenas, a lembrança e o nome para nomear ruas e logradouros que vão nascendo no esticar da cidade. Você é parte do meu próprio passado. Você veio ao mundo quando nascia em mim o contabilista no escritório do seu inesquecível pai Veraldino Conrado da Silva, em Janaúba então distrito de Francisco Sá, logo depois elevado a cidade, em cuja fundação, eu e ele tomamos parte. Você como Dalma e Dalva são pedaços ainda vivos, do meu ontem. Não podemos fugir do passado porque está presente em nossa lembrança, ressurgindo na mente para ser revivido, quando trazido por algum fato que nos faz recordá-lo. É o que, agora acontece comigo e, talvez, com alguém desse tempo que venha a ler o que agora escrevo. Luiz falou-me de ruas que mudaram de nome para homenagear alguém que partiu. O nome antigo trouxe-me lembranças daquele pedaço de chão onde estive no passado; Celeste lembrou-me do seu pai, fazendo ressurgir na mente o bar bem freqüentado com seus pasteis saborosos acompanhado do caldo de cana; Márcia trouxe-me a lembrança do meu esforço para desincumbir-me da missão contábil no escritório do seu pai, lembrando-me, também, a menina que engatinhava pela sala e que eu tomava nos braços. Essas lembranças são gratificantes porque nos trazem momentos em que vivemos felicidade junto a pessoas que não conseguimos esquecer. É o passado que não morre em nossa lembrança e que relembrado nos faz reviver momentos de alegria. (José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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