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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Pode ser rendenção Manoel Hygino - Jornal ´Hoje em Dia´ Será redenção? O Norte do Estado sempre lutou por um lugar na vida econômica do Estado e do país mais claro, mais seguro. Não diria que seria um “lugar ao sol”, porque sol é o que não falta na grande região, que até já se sentiu indignada a separar-se do restante território, tão pouca a atenção dos políticos às suas reivindicações e necessidades. Agora parece que, principalmente pela força da natureza, as coisas começam a acontecer. A natureza é pródiga, ou Deus, como se quiser. A verdade é que riquezas havia no sertão abandonado pelos poderes públicos, que somente agora são ou serão postas a serviço do homem e da pátria. O Norte poderá ser um precioso instrumento de desenvolvimento regional com a utilização das reservas de gás na Bacia do São Francisco. Durante décadas, as pessoas viram o gás supitar da profundeza da terra, soltando fumaça, servindo para aquecer as panelas dos alimentos dos tropeiros. As autoridades faziam de conta que nada sabiam, como certas testemunhas de crimes tornados públicos. Graças à evidência centenária, ao esforço de alguns e à sua tenacidade, finalmente se acordou para a possibilidade de aproveitamento econômico do gás, com poços já sendo perfurados. Será mesmo que há gás economicamente viável? Indagam os incréus. A primeira coisa que se teria e fazer era pesquisa, e finalmente agora o trabalho tem início. Mas não é só. Se as Minas eram gerais, por que não atingiam o Norte? Ouro e pedras preciosas fizeram a grandeza e apanágio de cidades históricas. Mas havia mais a explorar, não cingida aos limites do Quadrilátero Ferrífero. Será que Deus ou a natureza teria feito uma perniciosa distribuição de minerais, privilegiando alguns? A resposta aí está. Teófilo Otoni é considerada a capital das pedras preciosas. Há cidades com nomes de Turmalina e Pedra Azul, e Diamantina fica no Alto Jequitinhonha. Há Minas Novas, cujo topônimo é autoexplicável. Cuida-se, ainda, de construção de um complexo industrial de mineração. Contará com mina, usina, ferrovia ou mineroduto e de conseguir porto marítimo, tudo com capacidade de geração de cinco a dez mil postos de trabalho. A região, ao longo do tempo, dedicou-se à agropecuária. Assim seu povo se manteve e sobreviveu durante séculos. Logo, ganhará novas formas e melhores condições de vida. Um Consórcio Corporativo, que recebeu o nome de Novo Horizonte, pretende beneficiar o minério proveniente de uma reserva, com área equivalente a um terço do município de Belo Horizonte. A produção é estimada em 10 bilhões de toneladas, estando localizada em vinte municípios, entre os quais Salinas, Rio Pardo de Minas, Grão Mogol, Porteirinha e Nova Aurora. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico quer apoiar projetos de infraestrutura, elaborar projetos de planejamento logístico, e atrair investimento internacionais dos setores de tecnologia e equipamentos para mineração. É um plano ambicioso, tão grande quanto as necessidades por que passaram e passam as populações da região, ainda tão carente do interesse e presença do poder público de ferro. As jazidas de ferro identificadas se colocam como das maiores do mundo. O fato de o teor de ferro estar abaixo do minério do Quadrilátero, não diminui a importância dessa riqueza. Por enquanto, tudo é plano, mas é assim que se começa. Nada nasce feito e o essencial é que haja efetivamente vontade, para atender aos reclamos da gente trabalhadora do Norte do Estado, Mucuri, Rio Doce e Jequitinhonha. As reservas minerais, cinco vezes maiores do que as de Carajás, podem ser a redenção. E dela necessitamos, mais do que nunca, antes que a população continue se transferindo para as grandes centros brasileiros, onde esperam encontrar Canaã e se decepcionam.

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