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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: ENCANTADORA A POESIA DE EVANY Wanderlino Arruda Somente a sabedoria nos coloca em situação de ver além das aparências, seja esta dos fatos, seja esta dos sonhos. Só a sabedoria remete-nos direto ao significado verdadeiro de cada acontecimento, de cada nesga ou lance de vida. Somente a sabedoria nos faz ver uma legítima dimensão poética e a função quase divina de quem pensa e de quem faz o verso e o ritmo do verso, melhor dizendo, de quem é e de quem se sente poeta. Digo mais: só a minha experiência - não muito nova no campo do saber literário - me remete à interpretação do muito bonito e encantador texto de Evany Cavalcante Brito Calábria, ao mesmo tempo história e marca de família, ao mesmo tempo estórias e causos mineiros, entreouvidos e sentidos com a marca existencial da menina, sempre linda e criativa. Leitor atento de todos os poemas deste INFÂNCIA VERDE, confesso que faço minha a conhecida posição de Ferreira Gullar em relação ao fazer poético e a esse universo que não conseguimos aprender no todo, porque nascido conosco no modo até mais do que pessoal. Somos seres do grafar e do laborar palavras e sentimentos. Temos o talento e a inspiração que chegam como relâmpagos e por caminhos de sonhos, tudo dividido ou multiplicado, tempo-espaço do ser, do viver e do conviver. Só ao poeta a necessidade de espanto com as coisas e com os acontecimentos, flor e fruto da motivação que leva ao poema e à poesia, algo muito mais do céu do que da terra. Em poesia o saber, o saber fazer e o querer fazer não são suficientes, porque de nada adianta a técnica quando não há inspiração e/ou marcas de sentimentos. Mesmo para seres privilegiados por Deus para entregar ao mundo a ordenação lógica das palavras, só uma vivência encantada nos permite construir - versos depois de versos - textos com cadência e musicalidade, haja ou não rimas de dentro ou de fora. Para o poeta a epopéia ou o lirismo, querendo ou não querendo um modo diferente de lidar com idéias, um superar limites racionais, quase sempre sem o controle da razão. Sinto-me feliz e prazeroso com os muitos textos de Evany, bonitos e elegantes do começo ao fim, tudo gramaticalmente limpo e perfeito, resgate da infância que o tempo não desviou em momento algum, sempre vida bem vivida em saudades do passado e em vôos de esperança e de futuro. Na idéia de D. Olga, mãe e conselheira, em Evany a poesia é um eterno querer bem, um dizer sim para todas as belezas do corpo e do espírito. Por mais que essa poesia se esquive de suas mãos, Evany fugir ou fingir não pode, porque ela inteirinha é um colorido momento de saudades, sempre e sempre uma pura alegria, cenário de sonhos, princesa e rainha vestida e revestida de amor. Sobre isso, a própria Evany faz relembranças: ´Eu tinha doze anos e uma vida inteira´. Tinha e tem, digo eu, prefaciador do seu primeiro livro. Não somente de imagens e de idéias, não somente arco-íris de beleza, Evany é mulher decidida e incrivelmente organizada, sempre afeita ao trabalho de cada dia. A ela, por isso, posso atribuir em parte e com pequenas modificações, os versos de Camões que dizem não aprender somente na fantasia, sonhando, imaginando ou estudando, senão vendo, tratando e pelejando. Afinal, o mundo vitorioso está nas mãos das pessoas que têm coragem de sonhar e laborar, pessoas capazes de correr risco para viver todos os seus sonhos. Feliz de quem atravessa a vida tendo mil razões para viver. Um charmoso jogo de amor! Desejo a Evany todo o sucesso do mundo, certo de que a sua lavra poética está entre as dez mais bem aquinhoadas de nossa Montes Claros. Conscientemente hábil nos raciocínios e nos sonhos, Evany pode dizer como disse o poeta Manuel Bandeira: ´Não faço poesia quando quero e sim quando ela, poesia, quer.´ E como Cora Coralina: ´Nunca escreverei uma palavra para lamentar a vida. Meu verso é água corrente, é tronco, é fronde, é folha, é semente, é vida´. Evany - ser especial - é água, fogo, brisa e vento... Telúrica ainda menina, telúrica moça, telúrica mulher. É espaço, terra e tempo... É uma trajetória do pensar e do viver com alegria, vereda fértil de amor e de carinho, uma imensa vontade de caminhar... ir e vir ao mesmo tempo. Este INFÂNCIA VERDE, publicado em nosso Consórcio Literário da Secretaria de Cultura, não é apenas o seu primeiro livro, é pedra angular de muitos outros. O segundo e o terceiro já estão pertinho da editora... Academia Montesclarense de Letras

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