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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: É um engano. O madeirame do antigo Mercado Municipal, erguido no fim do século 19 no espaço onde hoje está o chamado shopping popular, o madeirame foi comprado pela Universidade de Brasília. O montesclarense Darcy Ribeiro, reitor da Unb, ficou inconformado com o fim do velho e belo mercado, cujo telhado foi construído com técnica portuguesa de construção de navios, e comprou toda a madeira, usada no campus. A madeira usada no escoramento da lagoa do Parque Municipal pode ser resíduo deste lote, mas nunca a sua parte principal. De qualquer forma, se ela desapareceu assim na frente de todos, se o fato é verdadeiro, merece toda apuração. Patrimônio público significa patrimônio de todos, e a todos pertence. Definitivamente, não é da prefeitura nem de seus eventuais ocupantes. Ainda um detalhe: muitos, muitos ainda se lembram da excepcional qualidade das toras de madeira que mantinham o telhado do velho e saudoso mercado. Era colossal. Isto também se explica: o imponente mercado erguido no largo de cima desabou na sua primeira versão, durante a noite, poucas semanas depois de levantado. Foi reerguido, com a precaução de jamais voltar a fazer feio. Ao ser demolido, aí pelo ano de 1966 (único equívoco do extraordinário prefeito Toninho Rebello), a estrutura mantinha-se esbelta, vigorosa, e nunca mais fez feio. Feio fizemos nós, ao permitir que viesse abaixo, para a construção de um nada, que foi o vazio chamado de cimentão. Depois, para a construção de uma estrutura de ferro, que nada acrescenta em termos de engenharia, de cultura e de história. Estivesse lá o velho Mercado e teríamos um ponto de visitação obrigatório nesta M. Claros que precisa deter a destruição do seu passado. Passado, aquilo que não passou. Que ficou - ensina mestre Tristão de Ataíde, ou Alceu de Amoroso Lima.

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