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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: FERRIM E AS FORMIGUINHAS Padeirinho, sacramentado na pia batismal como Lourenço do Carmo, vendedor de relógios michas e mestre do agá, entrou pesado no carteado do Bandeira 2, já sob o controle do conhecido João Pena, bookmaker dono do antigo Clube Minas Gerais, o cassino. Com a cuca cheia de gole, bolso abarrufado, ele tinha também seu dia de pato. Lá pelas tantas da noite e estando liso propôs maliciosamente ao bookmaker descontar um seu cheque, para continuar no jogo. Como era conhecido na noite, foi aceito como bom. O cheque, entretanto, era um tremendo171. Padeirinho, sabendo que estava sendo depenado, reagiu, recuperou o perdido e ganhou mais um bom vento. No acerto, pela manhã, João Pena devolveu-lhe o seu cheque, como parte do ganho acrescido de dinheiro. Ele se recusou a receber o próprio cheque alegando que o mesmo não tinha fundos. Problema da casa com o banco e com a justiça! No cheque estava assinado Lourenço Cano. João Pena sacou o revólver para corrigir a aplicação e moralizar sua banca de jogo, junto à malandragem. Manoel do Bandeira 2 entrou e conciliou as partes. Três da madrugada chega um estranho com quatro mulheres da noite. Sob sua pedida, comeu-se, bebeu-se e farreou-se consumindo o bom e o melhor da casa. De repente, o homem sumiu. Foi o maior corre-corre e nada. Desapareceu dentro da casa, evaporou-se, o que passou a ser tratado como mistério. Deixou o maior grilo. Pela manhã, dona Mariinha, a lavadeira, notou um ronco proveniente de um velho congelador abandonado no depósito. Chamou Zé do Burro, o segurança, que verificou e constatou o fato. O malandro da farra se escondera lá e como já estava bebum, dormira dentro da peça. Passou-se por fora uma corrente com cadeado deixando-o trancafiado. Era feriado nacional, Manoel e os funcionários foram comer carne de sol no restaurante da velha Cearense, fora da cidade. Tomaram banho de rio, só retornando às 17 horas. Soltaram o malandro, que pagou dobrado pela farra. Estava todo urinado e lambrecado. Uma cena laxativa e grotesca. Apos uma noitada no Bandeira 2, Padeirinho retornou à sua casa, no alto dos Morrinhos. Ao abrir a porta, deparou-se com um pequeno caixão de defunto anjinho, cheio de flores, posto em cima da sua mesa de sala. Desceu o morro de cabelo em pé e às carreiras. Chegou ao Bandeira 2 e pediu auxílio a Geraldo da Rapa. Lá chegando à polícia, a vizinha explicou que botara o caixão da criança morta ali no vizinho, pois no seu barraco não tinha lugar e precisava sair e providenciar a grana para o enterro. Padeirinho, como era medroso, mudou-se e nunca mais subiu o morro. Conhecido político em evidência, solicitou a Manoel do Bandeira 2 arrumar um laranja, na noite, para comprar uma fábrica de confecções em Belo Horizonte e depois repassá-la para um parente próximo. Os laranjas escolhidos, Ferrim e Joaquim Vermelho, bem vestidos para a ocasião, fizeram-se passar por empresários. Compraram a pequena fábrica pagando com cheques pré-datados desprovidos de fundos e a vendeu, em seguida, para o familiar do político, contratante do golpe. Na hora da transferência da documentação, o contratante tentou passar um cheque frio na dupla de laranjas contratada. Ferrim, esperto que nem coelho sentenciou: Só assino depois de a formiguinha passar! A parte pediu esclarecimento e ele arrematou: É uma depois da outra, nota após nota, tudo na minha mão. Caso contrário, vendo a aplicação para outro malandro.

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