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Mensagem: DROGA È DROGA EM QUALQUER LUGAR José Prates Quem disse que Montes Claros, líder do Norte de Minas, é diferente dos demais grandes centros do país? É igual em tudo, não há diferença nenhuma. Até “crakolandia” lá existe no bairro do Feijão Semeado, inclusive com lutas violentas pelo controle dos pontos de venda, igualzinho o que acontece em São Paulo e Rio de Janeiro. Isto é bonito? Não. É, inclusive, preocupante pela degeneração do jovem tanto de lá como de cá. De quem é a culpa dessa alarmante progressão do tóxico, atingindo, hoje, todos os grandes centros do país? À primeira vista, vem a polícia como responsável, pela sua deficiência em toda parte. Mas, em sã consciência, não podemos nem devemos responsabilizá-la sozinha, porque antes dela vêm as autoridades e atrás destas a sociedade como um todo que se acomodou, permitindo que o tráfico crescesse espetacularmente, até atingir níveis alarmantes, chegando ao segundo item no mercado mundial, superado, apenas, pelo trafico de armas, o que nos mostra a decomposição das relações de produção imperantes: o mercado mundial, expressão mais elevada da produção capitalista, está dominado, primeiro, por um comércio da destruição e, segundo, por um tráfico declaradamente ilegal. É um fenomeno desagradavel e preocupante. Na base desse fenômeno encontra-se a explosão do consumo e a popularização da droga pela omissão da sociedade capitalista nos centros desenvolvidos, sintoma da decomposição das relações de produção. Ninguém pode negar que o tráfico de drogas foi sempre um negocio capitalista, com organização comercial de empresa, estimulado pelo lucro vantajoso que encobre a autodestruição da pessoa no consumo da mercadoria oferecida. Isto, sem a menor dúvida, expressa a desmoralização da sociedade pela tranqüilidade com que aceita a situação. Nisto, quais são os mais afetados? São precisamente os mais golpeados pela falta de perspectivas: a juventude condenada ao desemprego crônico e à falta de esperanças e, no outro exemplo, os filhos das classes abastadas que são empurrados para as drogas pela decomposição social e moral. Hoje, em qualquer lugar desenvolvido ou em desenvolvimento, presenciamos o comercio de drogas como coisa normal, sem abalar ninguém. O usuário, o grande responsavel, incentivador do tráfego, é tratado como “coitadinho”, simplesmente uma vitima da droga. Trata-lo como “coitadinho”, uma vitima da droga é correto, porque ele o é. Mas, cabe à sociedade e ao poder publico recuperar esse coitadinho reitegrando-o à sociedade, eliminando, assim, o consumidor, responsável pela existência do trafico. Enquanto estivermos permitindo que mais um e mais outro vão ingressando no uso das drogas, sem de lá retirar ninguem, o consumo aumenta e consequentemente o trafico e a violencia. O Mais importante hoje, não é a policia trocar tiros com traficantes, matando, ás veze, inocentes. O importante é tratar o viciado, o dependente, retirando-o do uso da droga. Não é um caso simplemente de saude publica, mas, de segurança nacional. (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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