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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: DETALHES DA NOITE (série Bandeira 2) O Bandeira 2 tinha como atração gastronômica o bufê itálico feito no capricho pelo cozinheiro João Suçuarana, um gay assumido que volta e meia aprontava com os malandros do morro, que o procuravam, atrás de grana. O garçom das unhas grandes e tortas era o Bola. Havia um conhecido segurança, que prestava plantão regular no Terminal Rodoviário e usava uma dispensa da casa para ficar, com os parceiros masculinos. Estando a serviço, pendurava o cassetete e o coldre com o revólver, em um cabide móvel, junto à cama, que balançava no ritmo quente da dupla. Era a atração nos finais de tarde. Voyers observavam tudo por um buraco na divisória de duratex. O militar foi denunciado por um colega sendo flagrado, e expulso da corporação. Como a noite tem suas fatalidades, Branquinho, um malandro sarará, quase albino, fintão por excelência, deu o cano em conhecida profissional da noite. Foi abatido por ela com uma lâmina fria. Seu irmão gêmeo, como ele, chamado Branquinho II, uma semana após o feito e, estando embriagado, “caiu da bicicleta” na passagem do viaduto da Melo Viana tendo morte (misteriosa) instantânea. A casa contava com seu pai de santo de plantão. Em um dos quartos, o gongá de Alfredo, falso babalorixá, que usava uma bata colorida, dava descarrego de pólvora e prescrevia medicamentos de agá para os patos trazidos do terminal pela malandragem comissionada: Osvaldo, Pancho Vila, Dão. A mulher mais bela que freqüentava o pedaço era a Gatinha, um primor de beleza. A que mais faturava era Saluzinha, meio doida, mas, boa de bico e habilidosa, saia sempre barrufada de grana. Criava porcos amarrados com corda, no quintal do seu barraco no alto do Morrinhos. O malandro mais esperto que se hospedou na casa foi o mágico Oriet Bey (hoje está na Itália aplicando 1.7.1. de adivinho na TV), que deu shows no AC e no Colégio Imaculada. Depenou a alta sociedade local. Já o conhecido basofista Jason Gato, um valente, foi desmistificado depois que levou uma sova. Wal Kariba era um maluco que freqüentava a casa quando a polícia montava campana na circunvizinhança ele vestia-se de mulher, com peruca blondi, corria pela Rua Melo Viana acima, atraindo a meninada e gritando: Pega a doída! Pega a doida! Assim desviava a atenção da patrulha que estava de campana em seu encalço. O episódio mais notável desse lugar se deu em um mês de junho, com a comemoração das festas da Serra das Araras. Fretou-se um caminhão de paus de arara cheio de damas da noite e malandros, que iam faturar nas famosas festas de santo. Numa curva acentuada, conhecida como curva da morte, em Brasília de Minas, o veículo desgovernado, bateu numa grande pedra. Com os passageiros sendo jogados para fora, morreram quarenta filhas de Vênus. O local ficou conhecido como Curva das Raparigas. Borrola, conhecido notívago e mecânico de motos, viajava a bordo, dentro de um tambor de metal, curtindo a sua costumeira ressaca. Estando desmaiado e ao ter seu corpo recolhido por voluntários recrutados entre os bêbados dos bares próximos, pelo prefeito local, ao ser apanhado para ser jogado na caçamba que recolhia os mortos, acordou. Disse para o bêbado voluntário: Estou vivo ainda! O voluntário, já de saco cheio respondeu: Cale a boca! Quem disse que você está morto foi doutor Chiquinho, portanto vamos para a caçamba, pois você não sabe mais do que ele que é médico...

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