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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Afinal, uma boa notícia Waldyr Senna Batista Pela primeira vez, depois de muitos anos, saiu na grande imprensa dado favorável a Montes Claros nos quesitos segurança pública e criminalidade. A informação é de boa procedência e merece ser comemorada. Trata-se do índice de vulnerabilidade juvenil à violência ( IVI-V), de cuja existência não se tinha conhecimento, que pesquisou 266 municípios do país com população de mais de 100 mil habitantes. O levantamento foi patrocinado pelo Ministério da Justiça, em parceria com o Forum Brasileiro de Segurança Pública, e considerou cinco indicadores: homicídios, acidentes de trânsito, emprego/freqüência escolar, pobreza e desigualdade. Diante de proposta tão ampla, e levando-se em conta os acontecimentos dos últimos vinte, seria de imaginar que Montes Claros aparecesse entre as primeiras da lista. Mas, surpreendentemente, não foi o que aconteceu. Essa posição coube a Governador Valadares, cidade do Vale do Rio Doce, que ficou em 5º lugar, sendo a única de Minas Gerais entre as dez com vulnerabilidade “muito alta”, índice superior a 0,5. Montes Claros – acredite – aparece em 142º lugar, com vulnerabilidade “média-baixa”(índice de 0,36). Os municípios foram agrupados em cinco categorias, quanto à vulnerabilidade: muito alta, alta, média, média-baixa e baixa. Segundo o coordenador do trabalho, Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Forum Brasileiro de Segurança Pública, o diagnóstico servirá para aferir a interiorização da vulnerabilidade dos jovens em relação à violência. Ele diz que “As capitais sofreram de forma mais aguda com os problemas e desenvolveram ações preventivas mais contundentes para atender este público”, cuja faixa etária situa-se entre 17 e 24 anos. Em Belo Horizonte, segundo ele, houve redução de homicídios, um dos componentes da pesquisa, podendo-se concluir, a partir desse dado, que houve migração para os centros médios, o que explicaria o caso de Governador Valadares. Entretanto, essa análise não valeu para Montes Claros, que tem características semelhantes a Governador Valadares e é sempre citada como cidade violenta, com ocorrência média mensal de cinco homicídios. Não obstante, ela aparece na pesquisa em posição confortável: índice de vulnerabilidade de 0,36, com 0,144 no indicador de homicídios e 0,244 no de acidentes de trânsito. Com base nesses números, caberá aos especialistas explicar essa aparente contradição entre a realidade e as estatísticas. Ao participar da divulgação dos dados da pesquisa, o ministro Tarso Genro fez observação que pode explicar, em parte, essa suposta divergência. Disse ele que os números obtidos derrubam determinados mitos, como o de que a situação mais vulnerável no país é a do Rio de Janeiro. “A gente tem essa impressão, mas não é”, disse o ministro, apontando o Nordeste como a área crítica, devido a indicadores sociais muito baixos, com pouca aplicação de recursos em segurança pública e execução de poucas políticas preventivas. Essa análise talvez pudesse ser aplicada a Montes Claros, onde houve investimentos expressivos no setor da segurança pública e ação efetiva na repressão à criminalidade. Como resultado, registrou-se recuo na incindência de homicídios (de quase cem no ano passado, para pouco mais de sessenta neste ano) e ação efetiva contra o tráfico de drogas, com a prisão de bandidos tidos como os chefes de quadrilhas que incluíram a cidade na rota do narcotráfico. Na verdade, não há por que tentar entender os dados dessa pesquisa. Eles são favoráveis, e pronto. E parecem coerentes com as avaliações que colocam Montes Claros em décimo lugar entre as 25 cidades com mais de 100 mil habitantes no ranking das mais violentas do Estado. Há dois ou três anos ela aparecia em terceiro lugar. Não é o caso de soltar foguetes. Mas pode-se comemorar. Discretamente... (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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