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Mensagem: O CONTRA-AGÁ série Bandeira 2) Ou mesmo o agá do agá, chamado também de antichaveta, ou contra-agá. A terminologia das palavras foi criada pelo fanático atleticano Evandro Alcântara, o Canzil, freqüentador das noites dos Montes Claros e freguês número um do Bandeira 2. A cena se desenrola no salão de sinuca do Bandeira 2, em 1970, quando conhecido advogado do DNOCS já com muitas doses de scotch na cabeça e os bolsos abarrufados de grana resolveu dar uma de Jeremias, o Bom. Contratou Dincanga, malandro e cantor da noite, cobra mais do que criada na vida noturna, cria e cúmplice dos freqüentadores da casa para jogar apostado por ele contra o “Lado”, conhecido bookmaker. No pano verde rolou muito vento e muita sugesta! E como a crônica era de um final anunciado, o pato barrufado entrou na trizidela. Foi comido pelas cobras de plantão, acabado o seu dinheiro em espécie e com a cabeça cheia de uísque e aplaudido pelas mariposas de plantão, passou a assinar promissórias, dando curso às apostas, demonstrando riqueza. Como a grana que rolava era alta, Zé Côco era o financista do bookmaker ‘Lado’ e bancava o risco com fifty-fifty, sócio no lucro e na desdita. Amanhecia o dia e o pato já com os bolsos lisos e atolados até o pescoço na dívida, quando a sua família avisada por um puxa saco veio e interceptou a aposta. Retirando o otário da cena e ameaçando demais jogadores, e mulheres que já altas aplaudiam o otário. Zé Côco, esperto que nem coelho apanhou os cinco mil em espécie, deu 200 para melar a boca do “Lado” e lhe passou as promissórias, com valores expressivamente maiores, mas, supostamente “irrecebíveis,” já que a família do otário ameaçou a todos de processo. “Lado”, como sabe que macaco é 17 e, a carreira do cavalo é curta ficou na dele. Contratou um amigo, que imitando a voz do “doutor pato” marcou por telefone com Zé Côco data próxima para resgatar os “papagaios” em nome da moral da família. Era a aplicação do contra-agá! Zé Côco, como era apavorado por dinheiro, deu farol alto nos papagaios furados, devolveu os cinco mil ao “Lado”, acrescidos de mais dois mil, comprando, assim, as notas frias. Deu-se mal. No dia marcado pelo agá dirigiu-se ao gabinete do homem na autarquia. Foi recebido com pedras e chamamento de segurança e de polícia! Como estava enrolado com a lei e em débito com a justiça, gramou o beco perdendo as notas frias. Era uma história de Butantã. Cobra vacinada engolindo cobra vacinada! Nós temos história, somos da roça, mas somos chiques.
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