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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: QUE VENHAM TEMPOS DE ESPERANÇAS Wanderlino Arruda Houve um dia na história do mundo que deveria ter sido gravado em fita de ouro, conservados todos os sons, todas as cores, os movimentos todos. Não somente uma filmagem pessoal de uma câmara só, um ângulo isolado, mas um belo trabalho de equipe, com lentes naturais e de efeitos vários. Os sons, estes deveriam ser tomados de todas as distâncias, de todos os lados, do alto e do chão, até um microfone semi-enterrado como se faz em jogos de campeonatos. Deve ter sido uma manhã e tarde da maior importância na vida do maior gênio da arte de todos os tempos, uma coroação de esforços e de momentos de amor do italiano Leonardo da Vinci. Era a hora final dos retoque do quadro Mona Lisa, aquele minuto marcante de a obra de arte receber a moldura e ser exposto à crítica de todos os tempos e de todas as gentes. La Gioconda havia posado para ele por cerca de vinte anos, encantada com toda a equipe de moedores de tintas, de tocadores de alaúde e de cítaras, assobiadores, cantores, fazedores de graças, encantada, sobretudo, com a admiração do mestre e a luz bem distribuída do grande pátio e cenário. O que parecia eterno chegava ao fim! Assim é a vida. Por mais longo que seja o dia, haverá sempre um crepúsculo. A mais escura das noites, a mais tempestuosa ou a mais alegre e festiva será sempre substituída por uma aurora. As existências se sucedem num vai-e-vem eterno, monótonas para quem não saber ser, mas interessantíssimas para quem tenha olhos de ver novidades. Não há bem ou mal que nunca se extinga, porque tudo é passageiro. Definitivo, só o gesto de amor, o bem, a luz que ilumina a alma das criaturas. O mal? O mal também tem prazo de consideração, porque não há trevas que não sejam batidas pela claridade. Um gesto de crença verdadeira muda a história de muitas existências. Enquanto houver fé e esperança, enquanto houver amor, haverá felicidade. O desespero é o pior ângulo de qualquer atitude, do indivíduo ou da sociedade. Por que não esperar o amanhã? Estamos, hoje, num desses momentos de real importância em nossas vidas, um bem encaminhado início de século e de milênio que - ricos de angústias -, têm marcado profundamente o nosso modo de ser. Uma hora tão decisiva, tão propícia aos nossos conhecimentos, que ninguém - ninguém mesmo - fica realmente isolado dos acontecimentos. Se já não era, agora pessoa nenhuma será uma ilha. Vivemos o momento da informação realizada por todos os meios. É preciso muita garra para vivermos a nossa própria vontade, a nossa independência. Vivemos de uma só vez todas as vidas, da família, do trabalho, da profissão, da crença, dos grupos de aptidões, mas, em nenhum momento prevalece o direito realmente individual, aquela vontade saída do próprio coração. Tudo é grupo, dependente. Querendo ou não, um mundo de irmãos, de companheiros, de camaradas, sob o mesmo teto do mundo. Alegres, tristes, sofridos, angustiados, mas unidos. O egoísmo tornou-se uma ilusão, um engodo; somos, na verdade um enorme grupo de aldeia global, sacos de sorrisos e de sofrimento, ouvintes e assistentes compulsórios de verdades e de ilusões. Que venham tempos de esperanças. Se problemáticos, que sejam com dificuldades estimulando o raciocínio em busca de novas soluções. Que venham as possibilidades de perdão, de reajustamentos, de solidariedade. Que seja aberta uma fresta para a lembrança das promessas geradas no início da era cristã, na pobrezinha manjedoura do Belém! Havendo amor, haverá muita luz na saída do túnel. E que haja! Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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