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Mensagem: Pedras atiradas no lago Alberto Senna A vida pode ser comparada de várias formas. Uma delas pode ser como um lago de água suavemente movimentada pelo vento, onde atiramos uma pedra. Quanto mais pedras nós jogamos mais a água se movimenta e forma ondas. O vaivém das ondas é o resultado das pedras atiradas, aquilo que recolhemos na praia do lago. Expedi outro dia, por meio das ondas deste montesclaros.com, convites para a virtual “festa de arromba”, do “Mais Lido”, cuja lista de convidados vivos e falecidos foi formatada a quatro mãos, por Waldyr e por mim, e eis que, ali na praia recolho um resultado dessa pedra lançada no mar da nossa vida. Veio da parte de Arnaldo Antônio de Jesus, lá de Taiobeiras (MG), para cuja transcrição, eu peço a ele licença: “Para ajudar Alberto Sena enviar os convites para a “festa de arromba” do “Mais Lido”, venho pedir aos mestres Waldir Senna e Oswaldo Antunes permissão, pois faço parte dessa família. Tive o prazer de conviver e aprender nessa conceituada escola, que foi “O Jornal de Montes Claros”. Durante 14 anos da minha adolescência e juventude, fiz parte da equipe dos anos 80. Gostaria de acrescentar nesta lista de Alberto os nomes daqueles que continuaram a fazer, nos anos 80, “o Mais Lido”, até a última edição, como o nome do “Rei Falcão” (falecido), linotipista vindo de Imperatriz (MA), que dizia ter ganhado na loteria por duas vezes e gastado tudo em passagem de avião; Avilmar Gonçalves, “Negretinho”, grande profissional da máquina de fazer títulos; “João Babão”, responsável pela impressão na “moderna” impressora; “Luís Jaburu”, seu auxiliar; João, o homem dos “clichês”; Geiza, a simpática recepcionista; sem deixar de mencionar os nomes de Luiz Ribeiro, Pedrão, Girleno Alencar, Edson e dos colegas jornaleiros, “o Mudo”, Cirilo “Treme-Treme”, Rosquinha e João Batista de Xavier, hoje advogado – lembrando que o amigo “Zé Branco” faleceu. Obrigado, Alberto Sena, por me fazer voltar aos anos de muita felicidade e aprendizagem da minha vida, justamente no dia do meu aniversário”. Pelo que deduzo – e divido isso fraternalmente com cada um dos meus sete leitores – esta pedra recolhida ali na praia do lago já veio lapidada, é preciosa. Outras ainda vão tocar o coração e a lembrança de mais gentes. Arnaldo completou a lista de convidados. Confesso que não tinha meios de convidar um por um, sem a ajuda dele, principalmente porque nem sabia que essas pessoas também fizeram parte do time. Não tive o prazer de conhecer e muito menos conviver com elas. De maneira que agradeço ao Arnaldo pela iniciativa. E confirmo: todos já fazem parte da lista de convidados. Falta agora só marcar o dia, hora e local da festa virtual, que pode acontecer em todo momento. Depende do movimento, do vaivém das ondas. Falta contratar os comes e também os bebes, mais um bom conjunto musical, porque acontecimento deste tipo, entre vivos e mortos, jamais se realizaria sem uma música, de preferência, celestial. É uma grande oportunidade de nos encontrarmos – vivos e mortos. Os vivos para contar aos mortos sobre a situação atual do nosso mundo, que, se por um lado anda imundo, por outro tem muita coisa boa para ser divulgada. Os mortos, para nos dizer como é o outro lado da vida, porque os vivos só sabem um pouco do que acontece se viverem numa situação de pré-morte – dizem: “a gente entra por um túnel e depois vê um ser de luz e... depois volta ou vai em frente”. Se o pré-morto for em frente, acredito, não volta. Um dia ressuscitará como Jesus Cristo ressuscitou. De duas uma: não volta porque o outro lado deve ser muito bom e ninguém vai trocar o certo pelo duvidoso. Ou não volta porque voltar a viver neste “mar de lágrimas” em que se está transformando o mundo só sendo sado-masoquista. Muitos choram de dor na barriga, enquanto poucos choram é de tanto rir, e de tanto rir sentem dor no abdômen, malhado; ou não; proeminente, ou não. Mas assim mesmo riem.
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