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Mensagem: Mais um polo da mineração em MG - Paola Carvalho - Rio Pardo de Minas, cidade da Região Norte com 28,2 mil habitantes, pode se tornar o novo polo mínero-metalúrgico do estado. O diretor da Mineração Minas Bahia (Miba), Alexandre Curi, e o governador Antonio Anastasia, assinaram ontem, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, protocolo de intenções para investimento de R$ 3,62 bilhões e criação de 15 mil empregos, sendo 7 mil diretos. Curi disse que a empresa estuda usar ferrovia para escoar a produção, mas não descarta a possibilidade de construção de um mineroduto. “O governo de Minas quer fazer um ramal, saindo da região de Rio Pardo de Minas e Grão Mogol, para ligar o Norte do estado ao litoral baiano pela F334, ferrovia que sairia do Tocantins, passando no Sul do Bahia, até Ilhéus. Aí, teríamos como escoar essa produção para o mercado externo”, revelou Curi. Do total dos recursos, R$ 857 milhões serão destinados à implantação da mineração de ferro, R$ 1,86 bilhão para a usina de concentração e R$ 900 milhões para a criação do corredor logístico. Segundo ele, o complexo, com capacidade de produção de 25 milhões de toneladas por ano, deve entrar em operação em 2015. O governo de Minas não confirmou a construção do novo ramal ferroviário. O diretor do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais (Indi), Jamil Habib Cury, entretanto, já havia informado que o governo vai apoiar a montagem de infraestrutura adequada para a empresa transportar a produção até um porto da Bahia, seja por meio de mineroduto, seja por ferrovia. Não somente por causa da Miba. O Norte de Minas é considerado uma nova de fronteira da mineração em Minas. Além do potencial em minério de ferro, detém grande oferta de carvão vegetal produzido nas áreas de reflorestamentos de eucaliptos dos municípios da região e do Vale do Jequitinhonha. A Miba iniciou suas atividades em 2004, com a procura de manganês. “Naquele ano, a Vale reajustou o preço do minério em mais de 70% e percebemos que a demanda pela commodity seria crescente. Começamos, então, a pesquisar ferro”, disse. Já foram realizados 13 mil metros de sondagem e calculado um volume de 2,5 bilhões de toneladas, com teor médio de 37% de ferro. “Sabemos que o teor é baixo. O importante será agregar valor no estado, produzindo ferro-gusa”, exemplificou Curi. “É um empreendimento auspicioso e benéfico para o que chamados de Grande Norte, que compreende o Norte de Minas propriamente dito, o Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Levará emprego e renda para uma das regiões mais carentes do estado”, avaliou Anastasia. O prefeito de Rio Pardo de Minas, Antônio Pinheiro da Cruz (PRTB), afirmou que para atrair empresas de fundição para o município vai conceder incentivos fiscais. “Já iniciamos conversas com algumas empresas”, disse, sem revelar os nomes. Curi disse ainda que está para fechar por US$ 190 milhões a venda de 80% da Miba para a paulista Steel do Brasil, empresa formada por investidores estrangeiros, majoritariamente alemães, e com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O gerente-geral do grupo, Antônio Abdo Junior, explicou que a Steel dará continuidade ao trabalho da Miba, trazendo mais conhecimento e agregando valor.

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