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Mensagem: O governador do Norte de Minas Waldyr Senna Batista O ex-governador Francelino Pereira esteve em Montes Claros na semana passada, para autografar o livro-documentário Chão de Minas, produzido por Kao Martins, Paulinho Assunção e Sebastião Martins, e foi recebido com manifestações de carinho e amizade. No salão do Automóvel Clube havia pessoas de todo o Norte de Minas, especialmente ex-prefeitos e dirigentes partidários que com ele trabalharam durante o mandato terminado em 1983. O livro narra a trajetória do piauiense de Angical que aportou em Belo Horizonte, onde estudou e exerceu o mandato de vereador. A partir daí, sua história se liga ao Norte de Minas, onde passou a atuar, elegendo-se deputado federal por vários mandatos e projetando-se nacionalmente, até ser designado governador. Uma escolha que provocou controvérsias, devido às circunstâncias da época, em pleno regime militar, em que a eleição se dava por voto indireto para referendar a vontade expressa do general-presidente, no seu caso, Ernesto Geisel. E, para acirrar a controvérsia, tratava-se da primeira vez que Minas seria governado por pessoa nascida em outro Estado. Mas Francelino Pereira mostraria ter assimilado como ninguém o jeito mineiro de exercer a política, no convívio que tivera com mineiros da melhor estirpe, como Pedro Aleixo, Milton Campos e Magalhães Pinto, entre outros, todos personagens destacados no livro. Habilidoso, afável e conciliador, logo ele iria superar as resistências e cumprir com sucesso o mandato. Para esta região, sua escolha teve significado especial, sintetizado na sua declaração de que seria “o governador do Norte de Minas”. Essa, com efeito, foi a marca predominante do seu governo. Por isso, torna-se oportuno relembrar algumas de suas realizações mais importantes para esta parte do Estado. A pavimentação das estradas para Januária e Janaúba, reivindicada desde sempre, transformou para melhor a realidade da região. A racionalização da política de aproveitamento dos incentivos fiscais da Sudene, que permitiu a consolidação dos parques industriais de Montes Claros, Pirapora e Várzea da Palma. E, para Montes Claros, especificamente, duas iniciativas da maior importância foram adotadas: o programa Cidades de Porte Médio, que foi o maior conjunto de projetos da história da cidade, parte com recursos a fundo perdido e parte com financiamentos subsidiados de longo prazo. Destaque para a Avenida Sanitária, que permite o desvio diário de milhares de veículos que as ruas estreitas do centro da cidade não suportariam. Se com ela a situação atual do trânsito é caótica, imagine-se o que seria sem ela. A construção da barragem do rio Juramento foi uma das mais importantes obras públicas do século passado, implantada no momento em que o sistema já havia atingido a exaustão. E poucos se dão conta da catástrofe que a falta dessa represa representaria para a cidade, com demanda crescente e racionamento rigoroso. Com a capacidade de captação duplicada recentemente e em processo de melhoria da rede de distribuição, a cidade volta a ter condições de suportar o consumo por muitos anos. São realizações estruturais que mudariam o perfil da cidade e melhoraram as perspectivas para o futuro, que já chegou. Sem a presença de Francelino Pereira no governo do Estado, elas dificilmente teriam sido concretizadas. Pelo menos não a tempo de evitar a catástrofe. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)
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