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Mensagem: MONTESCLAREADAS XII Hoje revelaremos a existência de cinco centrais de informações da vida alheia nessa terra de Figueira. Prepare-se para sentir arrepios e defluxos às carradas. Seu nome pode estar em uma dessas cinco listas. São eles: Os Cadernos de Pedro Cocó, o dossiê do Carteiro Tutiá, o Relatório Cabeça, o Quarteto Brasa Mora dos Morrinhos e as Crônicas de Robim Placas. Todos eles, ao seu modo, contam uma parte das verdadeiras histórias das alcovas, prevaricações e triangulações amorosas abaixo da linha do Equador. Em Moc City, é claro! Terra da curraleiragem! As justas e necessárias flechadas de Cupido que provocam a nossa semântica libidinosa de homens e mulheres da roça. Pedro Cocó era rico comerciante e esperto dono de imóveis. O seu relatório cobre o período entre 1940 e 1960. Escrito em vários cadernos espiralados e consta que revelava as triangulações, traições, quengas por conta, Ricardões e as donzelas que iam a Belo Horizonte para “tratamento médico de urgência” e voltavam trazendo no colo uma criança “adotada”. Para obter as informações precisas ele usava como suas fontes empregadas domésticas, lavadeiras, copeiras, acompanhantes, babás, motoristas, vaqueiros de fazenda e similares. Os mesmos, como pagamento, levavam mercadorias de graça em troca das informações prestadas. Antes de morrer, Pedro recebeu a visita de doutor Mauricim pedindo acesso aos cadernos com o objetivo de guardar para a história a verdade neles contida. Seu Pedro não só negou, como afiançou: “Se o senhor ler, doutor, manhã mesmo a cidade toda vai saber e vai morrer gente boa por aí!...” O dossiê do Carteiro Tutiá era feito e montado por este carteiro, um velho solteiro, maníaco sexual platônico (sem nunca exercer o contato de fato) morador da pensão de dona Ana. Continha cartas, retratos e bilhetes interceptados. O seu trabalho era facilitado pela liberdade que tinha em entrar e sair de dentro das casas para a entrega da correspondência, oportunidade em que subtraia peças íntimas que ilustravam os relatórios “personalizados” das damas e senhoritas da nossa urbe. Na época, o carteiro era muito solicitado para escrever cartas/ respostas e tomava desde o café da manhã até o jantar nas cozinhas das casas, e tinha, assim, um manancial quase inesgotável de “matéria prima”, com total controle dos seus personagens. Veio do Rio de Janeiro um delegado especial que descobriu e incinerou o arquivo, escrito e mantido a uma só mão, ao estilo do Dossiê Odessa. O carteiro foi escorraçado em seguida. O “Relatório Cabeça”, fica em uma residência, “supostamente” na Praça Portugal. Cobre o período de 1955 até os dias de hoje. Quentíssimo, portanto! A central de informações se situa em uma sala de visitas da casa da “velha senhora” e consta serem as anotações tomadas em “cadernos de atas”, capa dura. A velha dama, ao estilo Seu Pedro Cocó, como tem gorda poupança recebida por herança, paga em dinheiro por informação/peso moral. Alem disso, instrui e dá aulas aos informantes ensinando montar campana e colher dados visuais e auditivos. O perigo desse relatório é que essa velha senhora, já senil, troca e embaralha as informações. Ela é tão contundente e perigosa, que o filho mais velho, um rico empresário, quando vem a Moc City, fica hospedado com todo conforto em um hotel e só vai à casa da genitora para cumprir tabela rápida de visitas. Após tomar banho com água benta. O relatório conhecido como “Quarteto Brasa Mora” é formado por Romeu Eletricista, Nivaldo Feijão, Marquinho Kiko e o “restauranteur” Haroldo do Destak, sendo que esse último mudou-se recentemente para a Bahia. Os quatro coletavam dados nas noites tropicais na região dos Morrinhos e adjacências, desde 1970 até agora. Esse relatório é mais específico e fala, predominantemente, dos 171 e dos que deixaram de “ser espada”! Também é conhecido como Relatório Banda Rolô. Pura luxúria! As Crônicas de Robim Placas, falam da vida amorosa e das aventuras extraconjugais dos ferroviários. Especificamente dos maquinistas, vigorosos prevaricadores, que convocam as amantes pelo código do apito do trem, na sua chegada. Tem gente por aí que, com um simples exame de DNA, se colocaria dentro das mais polpudas heranças e disso não estão sabendo! Olho Vivo!
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