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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024
 

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Mensagem: MONTESCLAREADAS XIV “Depois de escrita a história, vale pelo que parece e não pelo que foi...” - Rachel de Queiroz. Falando ainda de mandingas, ebós e macumbarias, me vem à recordação certo sargento de milícias aposentado da nossa urbe, meu amigo. Filho de santo mal resolvido aproveita o que aprendeu de magia para aplicar o 171. Ele faz as suas rezas bravas e engana de Raimunda a todo mundo, principalmente os comerciantes locais. Como sou conhecedor da malandragem no trecho e para provocá-lo, perguntei se ele ainda estava na ativa com as forças escusas do além. Fingindo não ter me escutado convidou-me a lhe fazer companhia até um açougue próximo à Praça de Esportes. Lá chegando, instruiu-me a prestar atenção enquanto ele entrava e com rezas iria sumir da vista. Cegaria o açougueiro e daria o cano na casa. Abri bem os olhos e pude ver quando ele desaparecia como se houvera entrado por trás de uma porta invisível. Levei o maior susto e me arrependi em ter feito a brincadeira de mau gosto. Suei frio pelo impacto em mim produzido. Passaram-se cinco longos minutos e ele, da mesma maneira como desapareceu, voltou ao meu campo visual dando uma risada de ironia e môfa! Trazia nas mãos duas sacolas contendo carne bovina e algum dinheiro em espécie. Ato seguinte, falou: “Você duvidou de minhas rezas. Aí está uma sacola com cinco quilos de carne para você. De quebra, tomei do açougueiro zuretado cem reais. Vou te dar cinqüenta”. Fiquei perplexo e constrangido ao mesmo tempo e pedi desculpas por minha ironia. Devolvi a carne e o dinheiro, já que aquilo contrariava os meus princípios cristãos. Em seguida, perguntou-me “se estava de bom tamanho”. O Romãozinho tem os seus protegidos e afilhados. Não se pode confiar em nenhum marmanjo hoje em dia Não demorou tempo e nos encontramos, dessa vez na Praça Doutor Carlos, quando ele me apresentou outro seu igual, que com ele andava. Um baiano que está sempre por aqui fazendo mandingas e sustentando “demandas” para políticos. O dito para se divertir faz filtros de encantamento, ou filtros de amor como são chamados para conquistar e levar para a alcova beldades suburbanas da nossa cidade. Daí o meu aviso de advertência aos maridos, namorados e amantes, vítimas dos Ricardões amigos do além. Antes de culpar a sua amada pela triangulação, procure averiguar se ela não é mais uma das vítimas dos encantamentos e filtros de amor do “pé de pano” macumbeiro. Para encerrar a crônica com chave de ouro, vai aí o meu conselho de conhecedor e iniciado, pois sou mestre em ciências ocultas e letras mal traçadas: Sei de um feiticeiro que atende nas proximidades da Rocinha e que vende Flamalial a quem interessar possa. Os pequenos e diminúsculos entes, usados para fazer magia, são fornecidos aos compradores acondicionados dentro de um pequeno vidrinho com tampa de borracha. Daqueles encontrados antigamente em farmácias contendo penicilina. Lembram-se deles? Aviso aos meus fieis leitores: Se alguém chiar na rampa e botar em dúvidas a minha informação e dicas é só me falar que abrirei a caixa de segredos e darei nome aos bois, ou seja, os seus habituais compradores. A missão do cronista é ver e relatar. Para se livrar da ação desses mandingueiros tupiniquins, faça preces de esconjuro e se apegue ao seu santo de estimação. Cruze os dedos e diga: “Signo de São Salomão três vezes me livre dos catimbozeiros”!

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