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Mensagem: Lista suja do TCU pega mais de 200 prefeitos em Minas - Ex-prefeitos lideram a lista mineira dos ficha-sujas que tiveram prestações de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos últimos oito anos. A rejeição de contas é um dos motivos de inelegibilidade prevista na Lei Ficha Limpa, que já está valendo para as eleições deste ano. No estado, são 575 condenações envolvendo 369 agentes públicos. A lista inclui apenas agentes públicos condenados pelo TCU por causa de irregularidades na aplicação de recursos repassados pela União. Mais de 200 dessas pessoas (59,3%) são prefeitos e ex-prefeitos, muitos deles denunciados por fraudes envolvendo emendas parlamentares ao orçamento da União, que resultaram em grandes operações da Polícia Federal, como a João de Barro, deflagrada em 2006. Oito dos integrantes da lista do TCU ainda são prefeitos. João Antônio de Souza (PSDB), Visconde do Rio Branco; João Antônio Ribeiro (PTB), São João do Pacuí: Ivan Martins (PMDB), de Baldim; Lavater Pontes Júnior (PMDB), de Tapira; Gilberto de Souza (PP), de Galileia; Rogério Rocha Rafael (PT), de Comercinho; Pedro Francisco da Silva, de Areado (PR); Joselito Viana da Costa (PR), e de Conceição dos Ouros, José Joaquim Afonso (DEM) foram condenados pelo TCU por causa de problemas em administrações anteriores, mas foram novamente eleitos na disputa de 2008.Três dos citados na lista foram eleitos em 2008 para o comando das prefeituras de Ouro Verde de Minas, Adeildo Sirilo (PMDB); Ponto Chique, Antônio Augusto (DEM), e Ipatinga, Francisco Ferramenta (PT), mas foram impedidos de assumir pela Justiça Eleitoral. A lista também tem nomes de seis pessoas que já faleceram e de ex-funcionários dos Correios e da Caixa Econômica Federal acusados de fraudes contra as instituições públicas.Já o município de Alpercata, no Leste mineiro, tem três ex-prefeitos condenados por rejeição de contas, Edson Amâncio de Sá, Gilcleber Bento de Souza e Adão Alves Pereira. Uma das rejeições de contas foi por causa do envolvimento de Amâncio no esquema de fraudes liderado pela Construtora Ponto Alto, com sede em Governador Valadares, e que acabou resultando na Operação João de Barro. A Ponto Alto estava registrada em nome de Silvério Cerqueira Dorneles, um dos citados na lista do TCU divulgada segunda-feira, mas, de acordo com o Ministério Público Federal, seria de fato comandada pelo deputado federal João Magalhães (PMDB) e o ex-deputado estadual Márcio Passos (PDT). Os nomes da ex-prefeita de São José do Jacuri, Alixandrina Gonçalves de Oliveira Machado, e dos ex-prefeitos de Águas Formosas, João Augusto Fernandes Sobrinho e Arlindo Batista, denunciados pelas fraudes envolvendo a Construtora Ponto Alto, também fazem parte da lista. Mesmo caso dos ex-prefeitos de Felisburgo, Aécio Pereira, e de Virgolândia, Afonso José (DEM). Alguns ex-prefeitos que já foram presos, como Donizeu Bergamim, de Ibitiura de Minas, acusado de chefiar uma quadrilha que assaltava fazendas, e Euler Rodrigues, de Rio Pardo, condenado a seis anos em regime aberto por se apropriar de recursos para um programa de assistência a desnutridos e gestantes, também fazem parte da lista dos ficha suja do TCU.
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