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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Aniversário sem presente Waldyr Senna Batista Este é um aniversário sem presente, pois não houve inauguração de obra nova. Com esforço, no Dia da Cidade, a Prefeitura está entregando a praça da Santa Casa, revitalizada, em parte com base em projeto deixado pelo ex-prefeito Athos Avelino. Sintoma claro de que, decorridos 18 meses do mandato de 48, a administração ainda patina. No entanto, ao assumir, o prefeito Luiz Tadeu Leite apresentou propostas animadoras, dando a impressão de que tinha bala na agulha. Uma delas era contratar Oscar Niemeyer para projetar centro de convenções que seria erguido no Interlagos. Descartou, de plano, a obra iniciada no distrito industrial, que dispunha de terreno e de verba do Ministério do Turismo. R$ 4 milhões tinham sido aplicados no prolongamento da avenida Sidney Chaves, que funcionaria como via de acesso. Outros R$ 4 milhões estavam anunciados. Emissário da Corregedoria Geral da União (CGU), que no início deste ano veio vistoriar a obra, ao ser informado do projeto alternativo, não o aprovou, deixando claro que, com recursos federais, o centro de convenções só pode ser construído no DI. Ele não disse, mas há o risco de o município ter de devolver o dinheiro gasto na avenida de acesso, cujos balaustres de metal estão se enferrujando. Outra iniciativa anunciada pelo prefeito foi a contratação do urbanista Jayme Lerner para reformulação do sistema de trânsito da cidade. Ele foi a Curitiba, técnicos do urbanista vieram aqui para coleta de dados, mas o assunto não prosperou. O que cresceu e se complicou foi o trânsito, tido como o problema mais grave da atualidade em Montes Claros. A Prefeitura se limita a pequenas intervenções e instalação de semáforos. A reforma geral do prédio do mercado, ultrapassado antes mesmo de ser concluído, foi outra proposta anunciada. Haveria R$ 7 milhões para a obra, cujo projeto está pronto, com um detalhe ainda não divulgado: o prédio terá como fachada réplica do antigo mercado da praça doutor Carlos, cuja demolição em 1960 continua molestando os saudosistas, alguns dos quais nem eram nascidos. A questão (gravíssima) do lixo também entrou no rol. Consta que houve licitação envolvendo R$ 126 milhões, prevendo mudança que propiciaria economia mensal de R$ 300 mil, com serviço de qualidade. O prefeito esteve nos Estados Unidos para conhecer avançado sistema de tratamento do lixo e voltou entusiasmado, mas ficou nisso. Com o choque de gestão, também anunciado, deu-se o seguinte: foi bem até o ponto em que indicou a demissão de 1.100 servidores, informação que a Prefeitura desmentiu. O que faz sentido, tendo em vista que, neste curto período da atual administração, o quadro de funcionários inchou, de 8.300 para mais de 10 mil, ao custo de R$ 13 milhões por mês. Como cortar 1.100 logo em seguida? Mas, apesar desse choque, a medida é positiva e prossegue, esperando-se que produza economia anual de R$ 20 milhões. Na relação figurou também a retomada do estádio municipal de futebol, o “mocão”, um fantasma que assusta o contribuinte há mais de 40 anos e que se resume em imenso buraco. De tudo se conclui que a estagnação predominante não se deve a falta de ideias. O problema é falta de recursos, embora não pareça, pois a Prefeitura vai desembolsar R$ 900 mil para manter time de vôley que leva o nome de Montes Claros. Ela arrecada, como se diz, da mão para a boca, e só tem dinheiro para o trivial. Mas o povão gosta de circo. Segundo pessoas próximas ao prefeito, os problemas financeiros seriam a causa do pouco entusiasmo por ele demonstrado ultimamente, ao contrário do que acontecia nos dois mandatos anteriores. Essas pessoas confirmam que o prefeito está jogando todas as suas esperanças na eleição do senador Hélio Costa para o governo do Estado ( é a terceira tentativa dele). Mas elas se mostram pouco confiantes de que o socorro pretendido chegue com a presteza necessária, pois o primeiro ano de qualquer administração costuma ser problemático. Assim, o próximo aniversário corre o risco de também transcorrer sem presentes. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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