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Mensagem: E... O BARULHO ACABOU! José Prates Dar uma olhada no Mural para saber das noticias recentes e as reclamações dos leitores, já é um hábito nosso. Às vezes, saímos de casa apressados e não consultamos a internet, mas, quando chegamos ao trabalho é a primeira coisa que fazemos, com prioridade para o Mural. De certo tempo a esta parte, temos notado a falta de reclamações quando ao barulho nas ruas de Montes Claros, pelos carros de som e nos clubes ou bares, pelas orgias dos bailes e festanças fora de hora. A Prefeitura daquele município, segundo noticiou o Mural, um jornal virtual de grande penetração, firmou convenio com a Polícia Militar e a Patrulha do Silêncio tornou-se realidade para beneficio da população sofredora com o barulho sem controle que perturbava toda a cidade. O término da barulheira incomodativa que vinha dos carros de som circulando pelas ruas; dos clubes e dos bares teve um responsável: o cidadão, usando seu direito de cidadania, com apoio da imprensa local, principalmente do Mural que veiculou e insistiu nas reclamações populares. Logicamente, esse jornal nada mais fez que desempenhar o seu papel de imprensa sadia a serviço dos seus leitores. Não há dúvida de que o papel da boa imprensa é sumamente importante no apoio ao cidadão nas suas reivindicações justas ou na defesa de direitos ignorados por quem tem o dever de concedê-los ou mantê-los. O Mural, com seu sistema de abertura ao cidadão comum, veiculando reclamações justas e comentários desapaixonados; com uma equipe de cronistas capazes, é um jornal feito pelo povo para o povo, com total independência. Karl Popper, filosofo austríaco naturalizado britânico, falecido em 1994, era de opinião que o papel da imprensa - ou ´quarto poder´ - é a representação do povo no controle por meio da crítica, dos outros três poderes tradicionais (executivo, legislativo e judiciário), além do poder de informar. Com isso, o Mural contribui para a integração imprensa-comunidade, um fator importante na coesão da sociedade. O filosofo e lingüista americano da Pensilvânia, Noam Chomsky em palestra proferida no Rio de Janeiro em 2003, sob os auspícios da COPPE/UFRJ, declarou entre outras coisas que ´devemos estar atentos para que a sociedade humana, integrada por seres que se comunicam entre sí, elevando lenta, porém progressivamente seus padrões de civilização e criando mecanismos cada vez mais eficientes para defender interesses individuais e coletivos, não seja transformada num agregado de células estanques, compostas, cada uma, por um indivíduo diante de sua ´telinha´ de computador ou de televisão, de onde recebe direta ou subliminarmente, maciças doses de propaganda (ou de instruções) que só interessam ao poder dominante” Quando O Mural abre suas páginas para o povo fazer uso para orientações, comentários ou criticas, ele elimina o poder exclusivo deste ou daquele, fazendo prevalecer a voz do cidadão sem a influencia do poder da “telinha” A palavra democracia (demos, povo – kratos, poder) significa poder do povo e não poder pelo povo ou poder que vem do povo. O Mural é a expressão da democracia porque exercita o poder do povo com o acesso livre do cidadão às suas páginas para fazer as suas reclamações e comentários, de maneira democraticamente livre. Creio não haver dúvida de que a democracia consiste em submeter os poderes político e econômico a um controle. É essa a característica essencial da democracia. A imprensa sadia e bem intencionada como o Mural, por exemplo, é um instrumento da democracia no controle do Estado. Não deveria existir nenhum poder incontrolado, daí a importância da imprensa bem intencionada, cumprindo seu papel, a serviço da sociedade. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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