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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Norte já está em alerta - Daniel Antunes e Luiz Ribeiro - Mesmo com o aumento dos focos de incêndio, as estatísticas deste ano ainda estão longe de superar as de 2007, considerado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) como o pior da década. Naquele ano, 35.107 hectares de florestas foram destruídos pelas queimadas, o que fez o governo desencadear uma série de ações de prevenção no estado. Apesar de os trabalhos terem ajudado a reduzir o número de queimadas, em 2008, para 20.325 hectares, os dados ainda foram considerados altos. No ano passado, 4.132 focos consumiram 4.698 hectares de reserva verde. ´Apesar de a estiagem compreender o período de abril a outubro, agosto e setembro são os mais preocupantes, porque as temperaturas estão em elevação com a vegetação seca por causa do período de estiagem´, avalia Cláudia Melo, gerente do Prev-Incêndio. O Norte de Minas é considerado o campeão de queimadas. Os motivos são as altas temperaturas e a predominância da vegetação de cerrado e de mata seca, espécies mais sensíveis ao fogo. Por isso, além do atendimento pela base de Curvelo, a região conta com as brigadas contra incêndio da sub-base de Januária, que já funciona em sistema de alerta, com monitoramento feito 24 horas. Essas brigadas são voltadas, principalmente, para 14 unidades de preservação existentes no Norte, entre elas a área de nascente do Rio Pandeiros e o Parque Veredas do Peruaçu, entre Januária e Itacarambi. Se os números colocam as autoridades em alerta, as causas dos incêndios assustam ainda mais. De acordo com levantamentos do IEF, a maioria das queimadas é de cunho criminoso ou provocada por descuido. E a fatura, geralmente, quem paga é a população. Na cidade. A fumaça incomoda moradores, além de gerar infestação de ratos e insetos que ficam nos lotes e são espantados pelo fogo. Às margens da rodovia, os incêndios provocam fumaça na pista, o que impede a visibilidade dos motoristas e pode causar acidentes. ´Não entendo porque as pessoas ainda fazem queimadas. A gente pede que se evite também pôr fogo em lixo, principalmente nas fazendas. Além de ser muito arriscado, não é a melhor alternativa´, alerta Cláudia Melo. A estiagem, o calor e a baixa umidade, apontadas como as principais causas do aumento das queimadas em Minas, devem continuar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a umidade relativa do ar inferior a 30% como estado de atenção. Entre 20% e 12%, a situação é considerada estado de alerta e abaixo de 12%, alerta máximo. A faixa abaixo dos 20% facilita a ocorrência de problemas respiratórios e irritações de garganta, olhos e nariz.

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