Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: BALA CATOPÊ Saí de Belô, de carro, às sete horas da manhã, da sexta-feira, 20 de agosto. Dia lindo, céu azul, poucas nuvens, sol maneiro, temperatura amena. Bom pra “estradar”. Passaria por Bocaiúva ou, fugindo das paradas decorrentes das obras da BR, por Pirapora, para chegar a Montes Claros? Resolvi encarar o caminho normal porque “caminho é por onde se passa”. Sempre gostei de apreciar obras públicas. Sinto-me mais cidadão quando as vejo em execução. Fiz a viagem em seis horas com somente três breves paradas, próximas a pontes que estão sendo ampliadas. Quando terminarem os serviços essa viagem poderá ser feita tranquilamente em apenas cinco horas, a uma média de 100 quilômetros por hora, com uma demorada parada para um bom descanso. Meu ponto predileto é um restaurante próximo a Augusto Lima. Cheguei, guardei a bagagem em meu apartamento, e saí para visitar minha mãe. Passei a tarde com ela. Tomamos nosso sagrado uisquinho. Lá chegou meu primo João Renato, leitor de bons livros e jornalista. Falei, por telefone, com meu querido D. Geraldo, à procura de Patrus, que havia acabado de deixar sua casa, com destino à sua Bocaiúva. Depois fui ao Café Galo, onde encontrei com minha querida amiga e prima, pelo coração, Márcia “Yellow” Vieira e com o professor, poeta e escritor José Luiz Rodrigues, filho de meu saudoso amigo Geraldo de Yayá. Anoiteceu e dirigimo-nos à sede dos Catopês, lá perto dos Morrinhos. Toquei tamborim e cantei com eles durante o breve ensaio de aquecimento. Mestre Zanza me viu e chamou-me de Getúlio. Respondi que Getúlio era meu tio e meu pai era Nonô, seu irmão. Revelou-me que meu pai fora um de seus grandes amigos e contou-me várias histórias que viveram. Levei o mestre, de carro, até perto do local onde seria hasteada a bandeira do Divino e retornei ao bairro para acompanhar o desfile. Márcia fotografando sem parar. De volta ao antigo Largo da Igrejinha do Rosário, assisti à cerimônia. Vários blocos de catopês, marujos e caboclinhos se apresentaram, com lindas músicas e danças típicas. Tive o prazer de ver Paulinho Narciso, seu filho de mesmo nome e meu primo Brant, integrando um dos mais belos daquela noitada santa. Raquel ao lado, vibrando com a festa que acostumara a curtir desde menina. Em seguida visitei Saulo Laranjeira, que daria um show logo depois, em seu camarim. Saulo interpreta o personagem Augustão, em minha homenagem, no filme “Minas Texas”, de Carlos Alberto Prates Correia. Daí nossa grande amizade. Ele surpreendeu a Eduardo Lima e a mim, integrantes do grande público, homenageando-nos do palco, o que muito nos emocionou. Quase meia-noite, morrendo de fome, fui ao Skema, com Márcia e Eduardo, para a primeira refeição do dia. Retornei ao apartamento e apaguei. Dormi profundamente naquele lugar tranquilo, ao lado do Parque Guimarães Rosa. O canto de um bem-te-vi me acordou, por volta das dez horas da manhã do sábado. Já havia começado, ao lado, a festa de aniversário de José Marçal Landim, o “Massarico” (o pessoal fala que esse apelido se grafa com dois esses, por se tratar de um pássaro regional, mas tanto o nome do pássaro, quanto os dos objetos a que a palavra se refere, são grafados com cê cedilhado, não sendo encontrada a grafia “massarico”, só existente em nosso lexicogênico dicionário catrumano). Festão. Muita gente boa. Nosso prefeito e esposa presentes. Presente o deputado Humberto Souto. Presente Theodomiro Paulino. Cantei “Eu sei que vou te amar” para o aniversariante, depois da excelente performance de nosso querido Artur Leite, em outra linda canção. De lá retornei ao Skema para o lançamento do livro “Éramos Felizes e Sabíamos”. Outro festão. Muita fala bonita, músicas da melhor qualidade e só gente bacana. Que prazer abraçar meu editor, o grande Luis Novaes! Que prazer rever Yvonne, Milene e Petrônio, ícones de nossa literatura. Que bom ficar na mesma mesa em que se encontrava Raphael! Que bom rever Virgínia! Muito bom ver o colunista João Jorge e apresentá-lo a Nenzão, que comandou tudo com maestria. Dei mais de cinquenta autógrafos. Creio que os demais autores presentes também fizeram o mesmo. O único senão da viagem foi que programaram um show de Tino Gomes bem no horário do lançamento do livro. Desta vez não pude ver o show do “Premier” da República do Pequistão. Acordei no domingo, por volta das nove horas. Quando saía do pátio do prédio, encontrei meus compadres Haroldinho e Ângela. Eles iam molhar as plantas do apartamento de Vanessa e Rodrigo, meus vizinhos, que estavam viajando de férias. Disse-lhes que se já agiam assim com as plantas, eu estava a imaginar o que fariam quando chegassem os netos. Que alegria poder despedir-me deles! Passei, em seguida, num posto de gasolina, na Av. Sanitária, para abastecer. Imaginem quem estava lá, tomando sua cervejinha? Zé Guedes. Não resisti. Sentei-me a seu lado e papeamos por quase uma hora. Foi difícil deixá-lo. Quase adiei a viagem. Quando me dirigia ao anel rodoviário, ao passar pelas imediações do Parque Municipal, reencontrei Paulinho Narciso, em sua longa caminhada matinal. Foi o último amigo que vi em minha aldeia. Paulinho comentou a respeito da excelente qualidade de vida de Montes Claros. Respondi que estava pensando em voltar. E ele: ¬- vem mesmo, esse menino, aqui é que é lugar pra se viver! Peguei estrada. Almocei em Augusto de Lima, às duas horas da tarde, na agradável companhia de Yuri Popoff, de seus familiares e de Juliana, linda filha de Pedro Arnaldo e Thalita, nutricionista por formação acadêmica, que está iniciando carreira artística como cantora. Disse-lhe que já estava sob a proteção de um dos papas da música, que sua mãe era uma das maiores pianistas do Brasil e que não teria nenhuma dificuldade na nova jornada, porque em seu sangue já corria fartamente o gene musical. Falei de minha amizade a seu saudoso avô Levi Peres e a seus pais. Ainda nem avistara as luzes de Belô e bateu aquela saudade imensa de minha aldeia e de sua gente. Depois de uma boa descansada, antes da meia-noite, publiquei alguma coisa sobre a viagem em meus Facebook, Orkut, Twitter e Blog. Vocês acreditam que já há vários amigos daqui querendo organizar uma caravana para as próximas festas de agosto? “Para o ano eu voltarei...”
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima