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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024
 

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Mensagem: TEMPOS MODERNOS Com esta modernidade toda que apareceu de uns tempos para cá, de invenções pra melhor (outras pra pior, há controvérsias), muitas coisas antigas acabaram ficando demodées, como diria o saudoso Lazinho Pimenta (sempre me lembro dele se modernizando). Até o mais ultrapassado já deu o braço a torcer para alguns melhoramentos, embora com uma ligeira extrapolação. É que uns - indo ao pote com extrema sede e afoiteza - confundem valores e idéias subliminares e engazopados nesta pretensa novidade, abusam (mesmo sem querer, querendo) da boa vontade dos amigos, conhecidos e até desconhecidos. Trazem à tona antigas máximas e orações santificadas de diversas religiões e igrejas como se fossem verdadeiros e últimos lançamentos da mídia religiosa mundial, mas que, na verdade, já foram publicadas em séculos passados (os velhos Almanaques Biotônico Fontoura e Bertrand que o digam) e nossos pais e avós já se deliciaram à exaustão com os mesmíssimos textos de carma e correntes. E até, pasmem os novos cibernéticos, já os transmitiram para nós, meninos e meninas de outra era, na tentativa de nos direcionarmos ad infinitum para o bem eterno , Deus te abençoe per secula seculorum, amém. Isso, eu e toda uma geração feliz já ouvimos até enjoar. Com os olhares entediados virados para cima (é verdade e deve se dizer), vendo muriçocas voarem livres e soltas pela sala. Doidos para sair e brincar na rua. Coisa de ontem, anteontem e tresantontem, os velhos de guerra entendem. Mas, justiça seja dita e feita: todo o mundo faz o que quer de seus e-mails. Estão no direito, quem poderá dizer que não. Embora seja bom saber que este direito torna-se perdido quando entra num espaço de outrem, passando uma barreira que se chama privacidade e, o que é mais importante, livre escolha do destinatário, do que ler e do que quer ver. A gente entra no cinema e assiste ao filme que deseja. E paga. Como na internet também se paga. Dirão então: “se não quiser abrir, não abra”. Mas, e se um dia vocês - apenas, de coração - perguntarem por mim, ou como estou indo, eu nunca poderia saber... Abraços a todos.

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