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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 29 de outubro de 2024
 

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Mensagem: SRTA WALESKA, ONDE ESTÁ A LEI? José Prates Ao que me parece, aliás, não deve ser a mim somente, mas a muita gente, a Srta. Waleska autora da mensagem 61173, do dia 9, pouco conhece ou nada conhece de “micareta” além do que é realizado no chamado Camamontes, origem de reclamações populares contra o barulho que perturba e prejudica o repouso do cidadão montesclarense, numa agressão ao meio ambiente. Diz Waleska que o Camamontes “é uma tradição em Montes Claros” com o que ninguém pode concordar porque esse lugar ou esse espetáculo é de ontem. Tradição é aquilo que vem de longo tempo passado, transmitido de geração a geração como, por exemplo, a festa do rosário com os catopés; a procissão do Divino com o Rei e a Rainha representados por crianças da sociedade e outros eventos tradicionais que foram incorporados aos costumes e história da cidade. Outra tradição do montesclarense é repelir o que vem de encontro aos seus costumes ou fere os seus principios. O desrespeito às leis e agressão ao meio ambiente não fazem parte da cultura montesclarense. É tradição montesclarense a obediência aos costumes e às leis. Diz, ainda, a Srta, Waleska que o “carnamontes” é “micareta”. Mas, o que é “micareta”? Vem de Micarême, uma festa que acontecia na França, desde o século XV, em meio ao período de quarenta dias, chamado de “quarésma” pela Igreja Católica. De origem francesa, a palavra significa ´meio da quaresma”. No Brasil, a introdução da Micarême como festa urbana, ocorreu primeiramente na cidade de Feira de Santana, Bahia, como um carnaval fora de época, com o povo nas ruas, pulando e dançando durante todo um dia, geralente um domingo. A partir de 1935, através de um plébicito feito pelo Jornal A Tarde, houve a mudança do nome para ´micareta´ que acabou significando, tanto na Bahia, como no Brasil todo, uma espécie de ´segundo carnaval´, que acontecia depois da Páscoa, geralmente num domingo, com blocos de rua com tambores e atabaques num ririmo contagiante como as “congadas” no terreiro das garndes fazendas, nos tempos da escravatura. Jacobina foi a primeira cidade baiana a adotar o micareta. Abandonou o vocábulo anterior, adotando o nome resultante do plebiscito realizado na capital pelo jornal ´A Tarde´ e assim, “micareta” ganhou terreno e chegou a muitos outros lugares, principalmente do nordeste. Em montes Claros, pelo que sabemos de sua história e dos seus costumes, nunca houve a tradição da micareta. O que existe na bendita terra de Darcy Ribeiro é uma avalanche de reclamações às autoridades municipais e policiais contra o desrespeito ao direito do cidadão e flagrante agressão ao meio ambiente pelo ensurdecedor barulho produzido pelso caminhões de som e o tal Camamontes que cometem um crime previsto em lei. Tradição montesclarense é o que a população faz reiteradamente: clamar providencias das autoridades para fazerem cessar o desrespeito aos seus direitos inalienaveis. Á Srta, Waleska, com o devido respeito, aconselhamos a consultar as leis, principalmente as Posturas Municipais, o Código de Processo Penal para saber que desobedecer a lei do silêncio é crime, não é tradição. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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