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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Pior que a Covid Manoel Hygino Aparentemente, a Revolução de 1964 já queda muito longe, mas os fatos que a marcaram, que a geraram, ainda estão próximos. Daqui a pouco, chegaremos apenas aos seus 57 anos, o que dá ideia de quão perto nos encontramos e há, inclusive, aqueles que defendem seus méritos e pregam, o seu ideário. Há prosélitos para tudo, enfim. Armando Falcão, uma das figuras centrais da política brasileira à época, quando teve ensejo se manifestou, contando casos e causos da revolução que eclodiu na noite de 31 de março de 1964 para 1º de abril, no brasileiríssimo Dia da Mentira. Falcão, deputado federal durante várias legislaturas, ministro da Justiça de dois presidentes tão diferentes como Juscelino e o general Geisel, tinha o hábito, depois de reuniões com os chefes da nação e outras nos altos escalões, de dizer à imprensa: “Nada a declarar”. Após uma temporada de silêncio e de deixar a vida política, resolveu “abrir o bico”. E o fez pelo livro “Tudo a declarar”, da Nova Fronteira, uma boa fonte de consultas para quem interessar-se em saber mais sobre época importante da vida brasileira. O conteúdo se revela muito útil a que melhor se sinta o que foram os governos militares. Armando Falcão conta, por exemplo, que – nos primeiros meses da Revolução – foi criada uma Comissão Geral de Investigações (CGI), com jurisdição em todo o território nacional, obedecendo a um rito sumário. O órgão, formado por representantes da Marinha e do Exército, teve como primeiro presidente o marechal Estêvão Taurino de Resende, muito cioso de suas responsabilidades naquela fase difícil da vida nacional. A sede da CGI foi sempre no Rio de Janeiro e, segundo Falcão, entre os processos examinados pela Comissão, havia alguns que tinham como personagens centrais cidadãos conhecidos e prestigiados na vida pública ou empresarial brasileira, homens probos. O general muito objetivamente afirmou, depois de iniciados os trabalhos da CGI, sem temor e sem pestanejar: “O problema mais grave do Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”. Ninguém contestou. Quem se der ao trabalho de percorrer as páginas do livro, certamente poderá espantar-se ou se assustar. Homens de caráter ilibado, ou como tal considerados, estão relacionados, e o autor se refere aos fatos de que acusados, como procedeu a CGI, resultaram nas investigações. Muitos, evidentemente, já faleceram, mas suas peripécias na política ou na gestão de cargos públicos são descritos com as minúcias possíveis.

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