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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A guerra não terminou Manoel Hygino Não foi fácil vencer as resistências sobre a gravidade da situação que enfrentaria o Brasil, com a chegada do coronavírus, causador da Covid 19. Há sempre aqueles que se julgam suficientemente sábios, mesmo que não vejam um palmo diante dos olhos. Que se há de fazer? Resta enfrentá-los, mesmo que se conheçam os percalços e rudes oposições dos donos do poder e da verdade, dispostos a defender seus pontos de vista qualquer preço. Assim aconteceu com o Brasil, que não quis seguir os caminhos da ciência e da experiência já adquirida pelos que chegaram antes às melhores orientações. No caso específico, a imunização em massa da população, ao contrário de medicamentos comprovadamente ineficazes à renitente enfermidade que chegou de outra parte do mundo. Embora o problema da Covid-19 não seja oftalmológico, comprovou-se mais uma vez que o pior cego é aquele que não quer ver. No caso, o governo brasileiro instituiu em suas teses, resultando em chegar-se, em 8 de outubro de 2021, a 600 mil vítimas fatais. Ou, exatamente, 600.425 óbitos causados até aquela data pela insidiosa moléstia, que se quer provar pré-fabricada em laboratório chineses. Mas a crônica da Covid é marcada pela insistência ao negacionismo e pelo surgimento de inúmeros “casos”, que exigiriam investigação severa de quem tenha dever de fazê-lo. Para esse mister, atua a CPI no Senado, cuja audiência de testemunhas já terminou, aguardando-se o relatório final do parlamentar incumbido da missão. Como em outras ocasiões, há cheiro de podridão no reino da capital nacional. O Brasil superou 100 mil mortes em agosto de 2020. Cinco meses após, em janeiro, a cifra tinha dobrado. Mais 75 dias, e o número era 300 mil. O marco de 400 mil foi em abril, e o meio milhão, em junho. Ao longo de 2021, foram 61 dias (55 seguidos) com médias acima de 2.000 mortes. Desde o início, foram 247 dias com média de ao menos 1.000 vidas perdidas por dia. A média móvel passou a 438, a menor desde 13 de novembro. A guerra, todavia, ainda não foi ganha. Especialistas acham que a crise sanitária ainda não está vencida. Além do risco de variantes novas, o patamar de vítimas ainda é alto, com quinhentas por dia, exigindo doses extras de imunização, e cuidado com sequelas. Uma das razões na queda dos índices reside na vacinação, mas ainda faltam milhões para receber o imunizante. Não é hora de parar; pensar em carnaval é prematuro, embora o período de Momo se aproxime. Primeiro a vida.

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