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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024
 

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Mensagem: DE “SAPÉ’KA” A ESCRITORA Falecida ontem, 22 de Janeiro de 2024 em Montes Claros aos 92 anos, uma das melhores representantes da literatura social de Minas Gerais. Ocupava uma posição de prestígio na cultura montesclarense / mineira e do Brasil. Os seus romances foram recebidos como se fossem filmes do sertão brasileiro - recebeu praticamente todos os prêmios disponíveis para uma escritora de língua portuguesa catrumana. Foi regularmente considerada uma das escritoras favoritas das crianças. Como bem diz sua bisneta, Lavínia Chaves, que, ao lado do féretro, a sua admiração pelas letras da bisavó. Inclusive exteriorizando talento herdado. Ela era mais do que uma romancista famosa. A antológica Amelina Chaves escreveu e publicou 32 livros, nos quais expressava as suas opiniões sobre tudo, desde mundo amoroso, infantil, até as biografias dos seus grandes amigos Darcy Ribeiro – Hermes de Paula e João Chaves – embasado na carreira e obras Dª Amelina recebeu a menção honrosa de “Doctora Honoris Causa” concedida pela Universidade Estadual de Montes Claros, além de outras honrarias. Os seus romances nunca foram abertamente políticos, mas trataram de muitos dos temas que ocuparam a sociedade brasileira; odiava a ambivalência moral. Certo dia, conversando com ela durante uma das reuniões do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC) – no qual era uma das fundadoras e membro – salientou sua admiração pelas crianças: abre aspas - “quando uma criança diz que gosta de você, é porque gosta, mas os marmanjos e marmanjas são fingidos!” - Neste quesito, ela tinha muita experiência! Pariu 15 vezes; idêntica à minha mãe Dª Dorzinha. Dona Amelina Chaves era viúva do meu Ir.’. de ordem maçônica, Sr. Almir Rodrigues Chaves, ela o conheceu em sua terra natal, Capitão Enéas-MG (antiga Burarama) que na ocasião pertencia a sede de Fcº Sá, mas, gostava de salientar que era da comunidade rural SAPÉ, hoje um bairro da cidade. Nascida no SAPÉ, nos contava da sua vida “Sapéka” na infância e na adolescência; substantivo que encantou o Sr. Almir, a ponto de casar ainda muito jovem. O Sr. Almir era um homem destemido, moreno, forte e de cara fechada – no meio da criançada - era conhecido como investigador da Central do Brasil. Eu, desfrutava da amizade que Dª Amelina tinha comigo e minha família; primeiro por causa da amizade que eu tinha de infância com “Mirim” seu filho (in memoriam), e ainda tenho com o “Roldão” o mais velho - depois por causa das letras. Dona Amelina Chaves em suas palestras, ou durante as resenhas no Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros – IHGMC, fazia questão de abordar as etapas da sua carreira como romancista e historiadora. Uma das suas etapas, foi o amor pela prosa literária – que era bem refletida em alguns dos seus livros. Dona Amelina Chaves era cheia de histórias e fragmentos – durante a cerimônia fúnebre, o Padre Reginaldo Cordeiro de Lima que é assessorado pelo filho de Dª Amelina na Paróquia Divino Espírito Santo de Montes Claros, se emocionou ao referir a sua amizade com a escritora; emocionado contou sobre o livro de contos que, em breve será lançado sobre a vida dele, escrito pela escritora. Relembrou que Dª Amelina, brincando – como sempre – lhe diz: - “quando eu morrer vou virar uma mula sem cabeça – pois, estou escrevendo o livro com tanto amor, acho que estou apaixonada pelo um padre.” - Nome do livro: “O Cordeiro Leão”. Mais uma vez emocionado padre Reginaldo encerrou a cerimônia fúnebre. A antológica escritora, romancista Dª Amelina Chaves nos ensinou que: - ´O SABER a gente aprende com os mestres e os livros - a SABEDORIA se aprende com a vida e com os humildes´ Obrigado por ter sido minha companheira na literatura e na amizade familiar! XXIII – I – MMXIV José Ponciano Neto é Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros – IHGMC - Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – AMALEM

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