Davidson Caldeira
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Por Davidson Caldeira - 9/6/2015 09:26:22 |
Falando das questões urbanas - Contribuição urbana Montes Claros vive hoje os problemas urbanos das grandes cidades: violência, trânsito caótico e falta de espaços públicos e áreas verdes. Algumas questões urbanas devem ser colocadas em discursão, pois refletem na qualidade de vida da cidade em que vivemos. Por um lado, sabemos que o adensamento urbano controlado é bom, uma vez que a cidade ideal é aquela onde as pessoas moram, trabalham e se divertem num mesmo bairro, por isso é importante incentivar o uso de moradia no centro da cidade. Este conceito evita os grandes deslocamentos entre o trabalho e a moradia. A ideia de edificações altas não é maléfica, desde que ocupem apenas 25% a 40% do terreno, deixando áreas livres permeáveis para paisagismo e lazer. Porém, nossa legislação de Uso e Ocupação do Solo atual permite que um terreno antes ocupado por 4 casas (20 moradores) se transforme em uma edificação de 20 pavimentos com 80 apartamentos (400 moradores). Este tipo de empreendimento causa impactos negativos ao espaço, pois ocupa toda a área do terreno no subsolo, térreo e 2° pavimento, sem nenhuma contribuição urbana. Não deveríamos ser contra as edificações altas, afinal as cidades não podem ser muito horizontais, pois o custo da infraestrutura e do transporte público se torna impagável. Por outro lado, a legislação deve equilibrar o uso do solo permitindo grandes coeficientes de aproveitamento do terreno com pequenas taxas na ocupação e principalmente exigindo que grandes empreendimentos deem a sua contribuição para o espaço público urbano. Na prática, uma forma de se fazer isso é exigir que edifícios altos sejam construídos com afastamento frontal de 10 metros, criando uma praça pública neste afastamento, com área verde permeável. Essa praça aberta a população seria a compensação do impacto gerado pelo empreendimento, além obviamente de valorizar todo o entorno do edifício. Davidson Caldeira é arquiteto, urbanista, construtor e professor universitário. |
Por Davidson Caldeira - 26/3/2015 08:21:53 |
LEMBRANÇAS DO BAIRRO SÃO JOSÉ. Nasci e vivi ate aos 17 anos na Rua Antonio Rodrigues (rua da ladeira) esquina com Rua Joaquim Sarmento, bairro São José, que era a ultima rua do bairro, pois depois dela só existia Rua no Alto São Joao. Era uma época onde a convivência com os vizinhos fazia de todos uma só família. Vivíamos na rua e na quadra do campo do Ateneu sempre nos divertindo. Convivíamos também com vizinhos da Rua Ângelo de Quadros, pois era o caminho natural para o centro da cidade. Enumerarei adiante pessoas que lembro eram moradores dessas duas ruas: começando pela parte baixa da Rua Antonio Rodrigues lembro da família de Adailto, Ademir e Gilmar irmãos da falecida Dra Magda Novais esposa do Dr. Laecio; também lembro de Giltao (morreu em Janauba) irmão de Marcão senador, Felisberto Caldeira sempre com um carro novo, Erico Veríssimo, Dorinha e seu irmão Kunkun que se queimou com álcool, a família de Pedro Campos que comercializavam com madeira, Seu Aderval, Eliane e seu irmão Antenor, Zuca com sua coleção de discos de rock, Marcão da venda, a família Cristo que tinham um Vemaguete, dona Iracema que furava as bolas que caiam no seu quintal, minha Vò materna Dona Niquinha que faleceu em 1969, a numerosa família de seu Gasparino (Fia, Tonico, Pedro, Julia, Iris, Terezinha, Lucia, Marnice, Junia, Gilson tinga, Geraldin e Junior todos muito bem educados por Dona Lia e a Vó dona Olegaria) a também numerosa família de seu Durval (Toninho barriga, Lourdes, Ronaldo, Haroldo, Duda, Beto, Zezé, Adailton, Cássia e Suely todos amados pela inesquecível dona Maria). Continuando pela Rua Antonio Rodrigues me lembro da família de Dona Margô, (Neto, hoje dono do Prisma, Marcelo, Betânia e seus primos Marcelin e sua Irma, alem de João Cari), a família de Seu Moreira e dona Preta (Robson, Rildson, Sonia, Simarly e Simone), a família de seu Enock (Marcos, Marcone e sua Irma), a família de seu Zim Bahia (Cotrim, Valder, Junior e Jura e sua mãe dona Helena), a família de seu Dener (Euler, d ono da Dorata, Euvaldo Fominha, Denim, e suas bonitas irmãs Ude, Márcia, Milena e as mais novas), a família de Dr. Osvaldo Antunes, e terminando na esquina da Ângelo de Quadros com as famílias de Paulo celeiro e seu irmão ou cunhado. Continuando a ladeira moravam os Proenças, os Capuchinhos, um tal de Hitler, Nelson Biotecnico, Hiram e seus irmãos e a família de Lucia, Robertim e Bilu Malveira. Na Rua Ângelo de quadros moravam a família de Denarte Davila com seus dez irmãos, todos com nomes de origem alemã, Jose Luis Cabelim, já falecido, a família de Paulão Nascimento, hoje brilhante engenheiro estrutural, a família de Caca e suas irmãs Gislane e Geiza, esposa do também brilhante engenheiro João Guimarães, os irmãos Cássio e Tam, os irmãos Dezoitao e Cheba, Eduardo Narciso, Seu Mariano instrutor de auto-escola, a família de Valdir Macedo, a família de Juvenal Caldeira, lembrando principalmente de Vanguim, falecido precocemente, e a família de Orlando Cunha, Cleber e seus de z irmãos. Na quadra do Ateneu convivíamos também com a turma da igrejinha, Torresmo, Cabila, Belao, Paulo boca cheia, Carisvaldo, Bunha e outros. Também me lembro de alguns vizinhos que moravam na Rua Gregório Veloso como, por exemplo, do pai do nosso prefeito Ruy Muniz, onde sempre tinha vários carros novos na garagem e também do jornalista Manoel Freitas. Devo ter esquecido de algumas pessoas, portanto quem se lembrar que complete essa lista. |
Por Davidson Caldeira - 25/11/2014 17:48:21 |
Estórias da Prefeitura -. Por volta do ano de mil novecentos e Mario Ribeiro eu era chefe da divisão de obras da Prefeitura de Montes Claros e fomos juntamente com o entao secretário de planejamento Petronilho Narcisio e a Secretária de educação Baby Figueiredo aos bairros Ciro dos Anjos e bairro Joaquim Costa escolher um terreno para construir uma escola, quando foi questionado a secretária da educação se aqueles bairros precisariam de realmente uma escola com 16 salas de aula. Antes da resposta da secretária um morador se adiantou e disse: enquanto a prefeitura construisse a escola os moradores fariam os meninos...não deu outra, quando ficou pronta a escolaMestra Fininha, ja ficou pequena para tantos meninos que nasceram naquele bairro. |
Por Davidson Caldeira - 18/6/2014 11:34:44 |
Soluções Urbanísticas para Montes Claros - Área Central Em Montes Claros tudo e todos convergem para a Praça Dr. Carlos, oriundos das ruas Dr. Santos e Camilo Prates. Ora, é sabido que essas duas vias não tem porte, não tem largura para continuar recebendo o trânsito de veículos grandes como os ônibus urbanos. Além disso, os "pontos de lotação" já não cabem na praça Dr. Carlos. Os pedestres andam pelas ruas, pois os passeios tem em média um metro de largura, e os carros ainda ficam estacionados nas vias, como na Rua Dr. Veloso e adjacências. Como solução urbanística para a área central teríamos a seguinte ação: Transferir o trajeto dos coletivos urbanos para as Avenidas Francisco Sá, próximo a Praça da Catedral, descendo pela Coronel Joaquim Costa até a Praça de Esportes. No outro sentido os coletivos poderiam passar pela Avenida Coronel Prates ou até pela avenida Sanitária. O importante é que o trajeto dos coletivos urbanos sejam desviados das ruas Dr. Santos e Camilo Prates. Feito essa mudança precisamos reurbanizar a Área Cent ral com alargamento das calçadas para três metros, deixando apenas uma via central de 3,50 metros para trânsito local, ambulâncias, viaturas e carros de bombeiros. Os passeios deverão ser refeitos com a padronização dos pisos em intertravados de concreto com lixeiras e mobiliário urbano. Alguns quarteirões poderão ser totalmente fechados e em conjunto com lojistas terão horário de funcionamento das lojas estendidas. Em fim, devemos fazer renascer o uso da Área Central, que está perdendo terreno para os shoppings centers. DAVIDSON CALDEIRA é Arquiteto Urbanista e professor universitário |
Por Davidson Caldeira - 15/5/2014 11:18:38 |
Qual cidade queremos para o nosso futuro? Montes Claros é o polo de uma região que abrange dois milhões de pessoas, se não vejamos: passe uma linha horizontal no mapa de Minas do triângulo mineiro para cima e constate que a única cidade grande é Montes Claros, isto sem contar com o sul da Bahia, que também converge para cá. Isto parece muito bom, afinal somos a maior cidade, a que mais cresce na metade do terceiro maior Estado da Federação. Acontece que a qualidade de vida vai ficando inversamente proporcional ao crescimento da cidade, pois o município não consegue suprir as deficiências de infraestruturas necessárias a esse crescimento, que acaba se tornando desordenado. Então o que fazer? A curto prazo, fazer as obras de infraestrutura: terminar as Avenidas Sidney Chaves (que o prefeito Ruy está concluindo brilhantemente), Bicano, Vargem Grande e Pai João. Também é urgente a reurbanização das ruas centrais, privilegiando o pedestre, com o alargamento dos passeios e fechamento de alguns quarteirões. Obras que também serão executadas em breve. A médio prazo, precisamos planejar a cidade do futuro, com elaboração de um plano diretor para dar rumo ao crescimento da cidade. Mas como pode um plano diretor fazer isso? Através de uma legislação urbanística que proíba empreendimentos de grande porte, geradores de trafego urbano, como hospitais, escolas grandes, universidades, shopping centers, hipermercados, conjuntos residenciais, de se localizarem no centro e nos bairros Ibituruna e adjacências. Por outro lado, que incentive a implantação desses empreendimentos na zona leste, próximo ao aeroporto, ao longo do anel leste. A longo prazo, Montes Claros precisa parar de crescer. A cidade ideal não pode passar de 500 mil habitantes. Parece um contracenso querer que a cidade pare, mas devemos pensar grande, pensar no planejamento regional, com a implantação da região metropolitana da Grande Montes Claros, onde os empreendimentos industriais poderão ser induzidos a se implantarem no entorno de Montes Claros, em Capitão Enéas, Francisco Sá, Coração de Jesus e Juramento. Desta forma toda a região cresce, Montes Claros continua recebendo os bônus desse crescimento, mas consegue dar qualidade de vida aos seus munícipes. Davidson Caldeira é arquiteto urbanista, professor universitário e coordenou a equipe que elaborou a atual legislação urbanística da cidade. |
Por Davidson Caldeira - 26/10/2013 12:26:54 |
JOSE CORREA MACHADO, O ARQUITETO. Muito interessante a cronica de Haroldo Tourinho sobre a vida do grande arquiteto Machado. Conheci o colega Machado quando por volta de 1993 ele me procurou na prefeitura, onde eu exercia a chefia da divisao de urbanismo, e ele precisava urgente de uma declaração da prefeitura de interesse da Coopagro , que ele presidia na época. Prontamente o atendi. Anos mais tarde ele assumiu a SEPLAN e me convidou para a chefia da divisão de engenharia e entao pude constatar a grande competencia e a visão de planejamento que ele tinha pois nossa equipe planejou , e projetou as avenidas Jose Correa Machado, Vargen Grande e Bicano e tambem a via urbana que seria implantada no local dos trilhos da linha férrea, alem de diversas obras escolares , asfalto etc. Foram tempos que a cidade de Montes Claros progrediu muito no quesito infraestrutura e o DR Machado em muito contribuiu para isso, apesar de nos deixar repentinamente seus projetos e suas ideias estao ate hoje para serem construidas. DAVIDSON CALDEIRA, arquiteto e urbanista |
Por Davidson Caldeira - 9/10/2013 11:19:18 |
Novo Centro Administrativo de Montes Claros - Gostaria de esclarecer e comentar noticia divulgada no jornal O Norte referente a construção do Centro administrativo no terreno da antiga Meca na av. Magalhaes Pinto em frente ao clube da ABB. Em primeiro lugar o terreno ja pertence a prefeitura pois foi adquirido pelo ex prefeito Jairo Ataide, estando sendo usado em comodato pela empresa de Newton Cardoso com vencimento em 2015(mas poderá ser antecipado esse vencimento). Quanto a iniciativa de se construir o centro administrativo naquele local, eu , como arquiteto e urbanista acho que o prefeito esta no caminho certo pois a cidade precisa ser descentralizada, precisa ser incentivada a redirecionar o seu crescimento para a regiao leste uma vez que o atual centro esta no limite de sua capacidade de absorver o transito urbano. È necessario que o plano diretor limite as novas construções publicas e privadas de grande porte que impliquem em impacto no trafego urbano na area central e ao mesmo tempo incentive essas construções na regiao leste da cidade. DAVIDSON CALDEIRA ROCHA arquiteto, urbanista e professor universitário |