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Mensagem: Festa dos sessentões

19/11/2008 - 11h23m

Nove da matina e a alegria já tomava conta da entrada da capela do Colégio Imaculada. Parecia o dia do juízo final, o reencontro de montes-clarenses, muitos dos quais não se viam há quase cinqüenta anos. O acontecimento foi tão festivo que as religiosas tiveram trabalho para conduzir os aniversariantes e convidados para os bancos, dando início à missa.

O padre Antonio Avilmar demonstrando vasta cultura doutrinária e oratória brilhantes, aliada à sua notável verve, ressaltou a emoção desse maravilhoso encontro.

Terminado o sermão, o reverendo intelectual foi aplaudido demoradamente e de pé. Paulo Henrique conduziu a cerimônia, Terezinha Jardim emprestou a sua linda voz e a escritora Ruth Tupinambá, do alto dos seus 93 anos, abrilhantaram a festa.

Virgínia de Paula e a jornalista Márcia Yellow, cuidaram das credenciais.

Quatorze horas e o salão de eventos do Parque João Alencar Ataíde, decorado pela equipe de Marilúcia Pimenta nos recebeu. Aí, a cobra fumou! Iniciamos, saboreando comida de boteco, regada a deliciosos drinques e muita cana. Deu até a Doidinha de João Barrigudo e o escritor Augusto Vieira Neto, o nosso muito querido Bala Doce, surgiu abraçado a uma garrafa de pinga que ganhou de presente da família Maurício.

Nenzão Maurício, Piculino e o cineasta Paulo Henrique foram impecáveis mestres de cerimônia e ótimos organizadores. A pista de dança esteve sob a coordenação da equipe do notável Chico Ornellas. Como o tempo estava chuvoso e abafado, os grandes ventiladores espargiam gotas dágua em cima da galera. Novamente reencontros, abraços e muitas lágrimas. Velhos amigos, velhos amores, corações disparados, novamente...

Muita pose para as fotos que serão eternas lembranças. Grupos se formavam, se dissolviam e formavam outros. Emoções, vibrações, porre de gole! Nenzão apresentou todo mundo a todos e cada um falou bonito. Aí, Ornellas soltou os cachorros com uma inspirada seleção de rock e twist dos anos 60 e o salão fervilhou de pares dançando, como num “nigth club” da Broadway. Pegou com borra, e como pegou!

Pequenos ciúmes de alguns cônjuges aconteceram em razão de antigos pares, protagonistas de velhos amores (todos eternos enquanto duraram...) que se abraçavam saudosos e, agora, apenas fraternalmente... Haroldo Cabaré e Paulo Henrique cantaram bossa nova, incendiando corações. Arrasaram! Aí, chegou à hora do tango e, na pista, passionais milongueiros de ontem, brilharam... Corpos que se buscavam em fortes amplexos, muitas efusões na confusão das emoções que buscavam, inconscientemente, quem sabe antigas libidos...

E para não dizer que não falei de flores, no calor do gole houve quem ameaçasse fazer um “strip tease”, que ficou só na ameaça, apesar da grande expectativa! Bem que havia um desfile de lindas e conservadas sessentonas, de dar água na boca...

Duas grandes turmas vieram. Os Biondi de Salvador e os Maurícios de Brasília-DF.

A noite era de festa e prevaleceu a fraternidade e a alegria. Aí, tome música de boate e a pista virou um delírio de emoções. Os notáveis Genival Tourinho e o editor do Hoje em Dia, o jornalista Carlos Linderberg elevaram o nível da festa, com palavras bem colocadas, numa alegria crescente, com muitas gargalhadas.

Foram agendadas novas comemorações, convites de aniversários e, desde já, a grande festa dos sessentões no ano 2018. Quem viver, verá! A emoção tomou conta dos presentes e alguns não resistiram e choraram de felicidade nesse desfile das recordações. Geraldo Carne Preta derramou copiosas lágrimas, revendo os amigos de infância, hoje famosos.

O hilário dos reencontros e das despedidas foram devida e demoradamente fotografados e filmados. O arquiteto Cascão, como sempre, botou fogo nos que estavam chorando incentivando-os a chorarem mais ainda. Carlos Lindenberg rolou de tanto rir e clicou tudo para a posteridade.

Foi uma linda festa, inesquecível!

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