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Mensagem: A NOIVA DE VESTIDO ROSADia 18 passado às 05h30min acordei com a emoção enquadrada no dito de Joyce: cansado de andar ao léu, de puxar o diabo pelo rabo, de viver de intrigas e expedientes. Abro o email e recebo convite do notável Petrônio Brás para a missa comemorativa dos cem anos de nascimento da educadora Felicidade Tupinambá.Foi à mão na roda, pois o tom de mistério da capela do Colégio Imaculada e o encorpado coro da orquestra da nossa gigante Unimontes elevaram a minha alma. Logo mais outro emai, esse da doce Virgínia de Paula dando conta do aniversário de 89 anos da sua mãe, dona Fina de Paula.Passei o Nuit de Noel no cangote para ficar cheiroso e adentrei na “chacrinha” fazendo par com a soprano Terezinha Jardim que também chegava. Dona Fina com a costumeira tranqüilidade de alma a sua delicadeza de gestos. Uma anfitriã por excelência!Como sou glutão, logo me fartava com os saborosos biscoitos feitos por “Lita”, a governanta da casa. Como a noite era de graça, música e sabores logo dona Terezinha Fróes chegou trazendo uma deliciosa bandeja de bombons que foram imediatamente degustados sem restrições.Passei a noite de festa sentado ao lado de Terezinha Jardim na grande sala e em animado bate papo espiritualista. Na conversa fiquei sabendo que dona Idoleta, sua mãe, seguiu o exemplo de Dona Fina, casando-se usando um vestido de noiva cor de rosa. Dona Fina de cetim cristal, Dona Idoleta de Tuille.Um assombro e um avanço para a época de preconceitos campesinos e moralidade religiosa tacanha e imposta.Logo chegaram os virtuoses do Grupo de Serestas João Chaves. Mafalda e Marlene afinaram os bandolins, Newton o cavaquinho, Ney e Luiz, o violão e Toledo soltou o vozeirão e cantou “O Bardo”. A noite se encheu de graça e sintonia.Lodo mais e Adélcio, com sua voz de peito dos verdadeiros seresteiros brindou a todos com “Amote-te.A Viritarinha arrolhada na garrafa e vinda direto do alambique do saudoso Beto Viriato deu o “pulso” e os corações se animaram e foi à maior cantoria. O ar se encheu com as espirais sonoras da canção “Dona Fina” cantada por Rogério e composta pelo mesmo em outra ocasião, homenageando a aniversariante.Estando todos no mesmo vibrátil, outras canções e pout purri folclóricos animaram a noite. Naquela casa rococó, santuário da Seresta João Chaves, símbolo da cultura histórica e folclórica dos nossos Montes Claros, lar de dona Fina e do saudoso Hermes que completará cem anos de nascimento no próximo 6 de dezembro.Diz Guimarães Rosa que o mineiro carrega o sertão dentro de si. O montes-clarense carrega o Grupo de Serestas João Chaves no seu coração e “Amo-te muito” no âmago de sua alma!Feliz Aniversário “dona Fina”!
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