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Mensagem: O gás também é nossoManoel Hygino - Jornal ´Hoje em Dia´Tem sido uma longa luta para responder ao apelo do subsolo. Há décadas e décadas, séculos, fluem gases que servem para os viajantes por distantes paragens do território mineiro aquecerem suas panelas e cozinharem sua comida simples ou fizerem seu café.Da Terra vem o grito: tirem-me daqui, libertem-me. Mas o homem, descuidado e sem interesse, preferiu considerar o fenômeno como mera curiosidade. Um dos pontos mais populares foi apelidado de Ribeirão do Fogo, e a denominação diz tudo. Após ingentes e contínuos apelos da coletividade, apoiada pela imprensa, de que este jornal é exemplo e o seu escriba veiculador de apelo, as autoridades se inclinaram às evidências. Um consórcio começará a perfurar, em setembro, o primeiro poço de gás natural na Bacia do Rio São Francisco, no Norte de Minas.Este princípio será no Bloco 132, a Oeste da represa de Três Marias, com investimento de R$ 10 milhões. O anúncio se fez em Pirapora, por Sérgio Barroso, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico. No mês que vem, estará definida a localização exata da primeira perfuração: em Morada Nova, Biquinhas ou Paineiras.As reservas de gás natural da Bacia do São Francisco foram objeto de debate, no primeiro dia deste mês, no Centro de Convenções de Pirapora, por ocasião da Audiência Pública ali realizada, solicitada pela Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Gil Pereira.As mais altas autoridades do setor lá se encontravam, recepcionadas pelo presidente do Legislativo de Minas, Alberto Pinto Coelho, e pelo prefeito Warmillon Fonseca Braga. Faço o registro. Também lá compareceram Haroldo Lima, presidente da Agência Nacional de Petróleo; Bernardo Ariston, presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados; Sávio Souza Cruz, presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia, tendo o presidente da ANP feito uma exposição sobre as potencialidades das jazidas de gás e agilitação (com t é a grafia correta da palavra) para sua exploração.Debatedores: José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás; Djalma Bastos de Morais, presidente da Cemig; José Carlos de Mattos, presidente da Gasmig; Robson Braga de Andrade, presidente da Fiemg; Oswaldo Borges da Costa Filho, presidente da Codemig; e Ricardo Vinhas Corrêa da Silva, Levínio da Cunha Castilho, Vasco Dias e Petrônio Zica, presidentes das empresas que participarão da exploração em 128 mil quilômetros, divididos em 43 blocos. Encontrar gás e comercializá-lo é somente uma parte da questão. O mais importante, o fundamental, é definir se o Estado será efetivamente potência na exploração do produto, resultando na redenção econômica de municípios do Alto Paranaíba, Noroeste e Norte de Minas.É um passo importante, que já deveria ter-se dado há muito tempo, contribuindo para amenizar a situação de pobreza de extensas áreas dos territórios de Minas Gerais. Demorou, demorou demais, mas pior seria se tudo permanecesse estagnado.A geóloga Eliane Pettersohon, da ANP, adverte que os estudos ainda não indicam o total da jazida no Norte de Minas, como aliás já se sabia. No entanto, ela própria observa que há indicativos de que possa ser explorada comercialmente. Com isso, reduzir-se-ia nossa dependência do produto boliviano.Um coisa é certa: até 2010, todas as empresas vencedoras dos lotes deverão começar a perfuração dos poços, o que constitui uma grande esperança e um excelente alento a muitos milhares de pessoas que habitam a região, mantida até aqui refém de promessas não cumpridas. Nesta hora, lembro: Quando um certo técnico norte-americano esteve no Brasil, há muitos anos, atestou publicamente que neste país não havia petróleo. Hoje, vê-se que não era verdade. À Mr. Link, provavelmente a serviço de poderosos grupos internacionais, não convinha achar hidrocarboneto por aqui. Finalmente, é a vez do gás, pelo qual o engenheiro Levínio Castilho, barranqueiro de Januária, batia-se tenazmente, há anos. Nunca se deve perder a esperança, pois o nosso povo merece melhor sorte.
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