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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Em busca da excelência Waldyr Senna Batista A semana que termina foi pródiga em números, que se prestam a análises diversificadas no tocante a Montes Claros e ao Norte de Minas. Os do IBGE mostraram Montes Claros com população presumível de 363 mil habitantes, situando-a em sexto lugar entre os municípios mineiros. Posição que leva os bairristas a não distinguir entre quantidade e qualidade. São conceitos diferentes. Na verdade, o exagerado crescimento populacional de Montes Claros só gera problemas, porque falta infraestrutura para acolher tanta gente. Em um ano, a população da cidade cresceu 1,38%, ou exatos 4.956 habitantes, o que corresponde à totalidade da população da vizinha São João da Lagoa (4.971 habitantes). Não é pouco, considerando-se a demanda por habitação, emprego, consumo de água e energia elétrica e segurança pública. Os números mostram que a disparidade em relação às demais cidades da região é espantosa, confirmando Montes Claros como atração para o êxodo de mão-de-obra não qualificada. Das dez maiores cidades, poucas experimentaram crescimento superior a 0,50%, sendo de destacar que Porteirinha encolheu 0,09% (35 habitantes a menos). Janaúba, segunda colocada, cresceu 0,86% (586 moradores), contando atualmente com 68 mil, que equivalem à sexta parte da população de Montes claros. A desvantagem de ter população numerosa está evidente em pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre as melhores cidades brasileiras para se fazer carreira. Nela, Montes Claros figura na 85ª posição, entre 127 cidades, o que não é de todo ruim. Em Minas Gerais, ela se situa em 7º lugar, abaixo de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba e Ipatinga. Nessa avaliação, entram vigor econômico, população, serviços de saúde, volume de depósitos bancários, serviços de saúde e educação. Este último é o item de maior peso na pesquisa, que levou em conta o número de cursos de graduação, mestrado e doutorado, além da quantidade de graduados. Está se falando, nesse levantamento, em qualidade de vida e perspectiva de crescimento sustentado, no que influem decisivamente o PIB (produto interno bruto) municipal e a infraestrutura de serviços de saúde. O professor Moisés Balassiano, da FGV, que comandou a pesquisa, frisou que um dos fatores que tornam as cidades mais atrativas é a gestão local. E assinalou: “É importante que a gestão local crie programas para atrair as empresas. Um bom exemplo são as facilidades fiscais”. Quesito em que Montes Claros acena com a Sudene, cujo modelo atual significa praticamente nada, pois se limita a financiamentos bancários, ao contrário de antigamente, quando a Sudene respondia por até 75% dos investimentos, a fundo perdido. A propósito ainda de educação, nesta semana foi publicado o ranking das melhores universidades do país. Entre as 175 instituições constantes do IGC (índice geral de cursos), do Ministério da Educação, a Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros) aparece em 44º lugar. Posição bastante razoável, em se tratando de instituição ainda em processo de consolidação, mas que deve ter sido recebida de forma pouca entusiástica, considerando-se que, há dois anos, avaliação do Enade situou-a em posição de destaque, ao ponto de, a partir de então, sua propaganda institucional apresentá-la como “a segunda melhor universidade do Brasil”. Ontem, saiu a nova edição do Enade e, nela, as unidades de ensino superior de Montes Claros estão em situação desconfortável, para dizer o mínimo. Ou aparecem com nota mínima ou simplesmente não são sequer citadas, como é o caso da Unimontes. Espera-se que alguma explicação seja oferecida. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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