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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: “Seresteiros são irmãos das estrelas, chuva e lua saudando-as com suas mãos nos violões pelas ruas” Maria Zilda Perla Viajar pra que? Para conhecer, aprender, descansar, aprimorar bagagem cultural e viver muitas emoções. Assim penso! Daí tantas viagens. Desta vez, visitei no Vale do Paraíba, fazendas do século XIX, Petrópolis e Conservatória, cidade que me motivou a escrever este relato. PETRÓPOLIS: Fascinante! Visitar o Museu Imperial nos faz sonhar e imaginar como deve ter sido a vida da Família Real na sua intimidade. O museu, com grande riqueza de detalhes, materializa o sonho através da preservação daquele tempo memorável. Imperdível! Conhecer a casa onde morou Santos Dumont, uma construção com arquitetura, no mínimo, curiosa. O Pai da aviação realmente faz diferença, não somente pela genialidade, mas também por sua excentricidade. Petrópolis é uma cidade que deve constar no roteiro de todo turista que deseja conhecer grande parte da história do Brasil Império. CONSERVATÓRIA: “A vila das ruas sonoras” ou a “A capital das serestas e das serenatas”. A cidade parece estar de bem com a vida. Respira sonoridade, poesia e boemia em todas as esquinas. Os idealizadores do movimento “EM CADA CASA UMA CANÇÃO”, visaram eternizar s canções de amor. Assim, o café da manhã, toma-se no “PEDACINHO DE CÉU”. O almoço se realiza na “SAUDOSA MALOCA”. Janta-se no “LUAR DO SERTÃO”, e a ceia é lá no “EU SEI QUE VOU TE AMAR”. Como é gostoso visitar essa cidade. À noite, ás 21horas, são os cantores locais e os visitantes que, reunidos na travessa tradicional da cidade participam da “SERANOITE”, evento já tradicional. É ali aonde o público presente vem mostrar seus talentos, seja na poesia ou na música. A integração é total. As músicas de Roberto Carlos, Caetano Veloso e de outros compositores modernos, caíram no gosto dos seresteiros. A multidão é embalada e romantizada com os acordes de “Cavalgada”, “Emoções”, “As Rosas Não Falam”, “Carinhoso”. Chega ás 23horas! Neste momento, um grupo de violeiros se reúne e sai pelas ruas dedilhando as canções. Antes de cada música a ser cantada, param, para que a poesia dê o ar de sua graça. Fiquei emocionada, pois nasci numa cidade onde o passado nos legou, e o presente nos premia sempre com o surgimento de inspirados menestréis. Aí a saudade bateu forte. Parece que todas as canções românticas foram feitas para serem cantadas na rua. A noite vai terminando e com ela todos vão se dispersando ao som de “Noite Alta no Céu Risonho”, e é quando me encontro com Suely Freitas Salles, no meio da multidão. Ela que é nossa conterrânea e proprietária da agência Sallestur, é quem nos proporcionou esse roteiro. Nós falamos ao mesmo tempo: “Por que não em Montes Claros?” E eu repito, sim meu queridos conterrâneos: ”Por que não em Montes Claros?” Acordaríamos o passado, encheria de alegria uma geração que viveu e sabe o bom que é uma serenata e, quem sabe, viesse despertar os jovens pelas serestas. Reconheço não ser Montes Claros uma cidade pequena que parou no tempo, seu desenvolvimento é uma realidade. E dentro dessa realidade, poderiam os jovens aprenderem que “quem canta seus males espanta”. Na Praça da Matriz, seria cantada a seresta. E mais tarde, os músicos pegariam seus violões, cavaquinhos, bandolins e dariam início a Serenata, com o “povão” desfilando pelas ruas no entorno da Praça, soltando sua voz: “Oh! Que saudades do luar da minha terra lá na serra branquejando folhas secas pelo chão” Mary Pimenta, Belo Horizonte. Dedico este relato à três pessoas de uma geração mais nova, que lutam incessantemente pela preservação das coisas de Montes Claros : Raquel Mendonça, Virgínia de Paula e Raquel Souto Chaves.

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