Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Estou no décimo-quinto andar de um edifício localizado na parte oeste de M. Claros. Sou desta cidade, mas moro há tempos em Belo Horizonte. Daqui, contemplo o espectro noturno de minha cidade. Vejo, com alegria e surpresa, que o antigo Morrinhos (por que o plural?) hoje está localizado no centro geográfico da cidade, ele que antigamente era o limite da face sul - chamado de Cecé. O médico, escritor, folclorista e humanista João Valle Maurício dizia que, quando menino, no começo do século passado, morria de medo de ir ao Cecé, ou de falar no Cecé, que seria habitado por gente valentona. Hoje, talvez seja o ponto mais bonito da cidade. Visto de longe, é o mais bem iluminado. Parece um presépio flutuante, em torno de quem converge toda a aglomeração humana. As luzes o realçam, e ali ele está, majoritário, soberano, sobrenadando sobre os montes claros. Indaguei de mim mesmo: por que a prefeitura não realça este ponto geográfico de Montes Claros, que também é um ponto histórico? Por que a própria iniciativa privada ainda não descobriu aquele ponto, para construir panorâmicos restaurantes e pontos de lazer? Creio que estão perdendo tempo. Antigamente, os Morrinhos - com sua capelinha, seu coreto, seu mirante natural - pertenciam aos namorados. Hoje, é o destacado outeiro da cidade, como o é, por exemplo, no Rio de Janeiro, o valorizadíssimo Outeiro da Glória. É preciso que M. Claros devidamente também valorize esta sua jóia, que pode ser avistada de qualquer ponto da cidade. Especialmente nas belas noites, iluminado como está.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima