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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: RUA MELO VIANA E SEUS ARTIFÍCIOS ( primeira da série- Será publicada juntamente com a série Bandeira 2. Contando a história do bairro Morrinhos- Entre uma e outra, crônicas do cotidiano e personagens para não ficar cansativo) A escola de samba mais famosa era a Destak, criada pela família de dona Linda. Começou como bloco caricato, evoluiu para escola alcançando o seu apogeu com o primeiro lugar no carnaval de 1982. A quadra da agremiação foi montada na esquina das ruas General Carneiro e Dona Tiburtina. Dona Linda era a presidente, seu filho Wilson, mestre de bateria, na cabeça Betinho, como puxador o cantor Simonal Cor Morena que trazia os sambas enredos do Rio de Janeiro. A porta bandeira era a bela Jaciara e os mestres-sala Neguinho e Leco. Iniciou como bloco, em 1974, foi campeã e encerrou suas atividades com o fim do incentivo da municipalidade ao carnaval de rua, em 1988. Havia também a Escola de Samba Vanguarda, que reunia passistas, capoeiristas e sambistas sob o comando de dona Vera de Peixinho. O bloco caricato Feijão Maravilha, capitaneado pelo líder sindical Feijão, membros de sindicatos, e militantes do PT. Teve vida ativa de 1978 a 1988. O bloco Hong Kong, liderado pelo lutador de artes marciais Negão Torresmo, capoeirista e comandante da famigerada Trinca do Desaba. Faziam parte Marretinha, Lupinha, Kabila da Igrejinha do Santuário, Aberê, Paulinho Capoeira, Marão e outros. A turma da capoeira de Gera Moleque, Nivaldo, Paulo Bocão, Dudu, e outros, autores do notório coro na turma de janotas que infernizava o centro da cidade. Foi o fim da gangue de Gerinha Portuguesa! Com a falência do faturamento do conjunto de casas de tolerância conhecida como Cabaré de Zé Coco, vieram de São Paulo dois 1.7.1. que faziam agá de pastor evangélico. Montaram serviço de cura e desobssesão depenando os incautos que os procuravam em busca de alívio. Um deles chegou escorraçado e liso. Como o barraco que alugou não tinha instalação elétrica, apanhou um chicote já com vários bocais instalados, emprestados por Feijão Pintor e só colocou uma lâmpada na sala de cura. Ao atender a primeira paciente incauta levantou as mãos para cima, clamando pela força do astral superior, para expulsar um demônio que supostamente obsediava a otária. Sem notar, enfiou o dedo indicador dentro do bocal descoberto. Desconhecendo a fonte de energia com a qual estava conectado, levou um choque e deu um grito: sai de mim capeta, eu tô te tirando dela e te mandando para as prefundas! Foi o seu canto de cisne! Acabou escorraçado do barraco pela assistência. O outro, para mostrar serviço, tentou fazer seu Ernesto Carpinteiro andar sem a bengala. Como o homem caiu ao solo, sem o apoio da prótese, o safado levou umas bengaladas na cabeça e gramou o beco de volta à sua terra natal...

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