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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Parabéns, Jornalista Oswaldo Antunes! Haroldo Lívio Parabéns por tudo que tem feito na vida, por tudo que escreveu até agora, pela prosa escorreita e pela poesia que reluta em mostrar, apesar dos elogios recebidos de Alphonsus de Guimaraens Filho. Principalmente parabéns por estar alcançando hoje, 21 de outubro de 2009, em pleno gozo de saúde e de bem com o mundo, a idade bíblica de 85 anos, dos quais mais de 60 dedicados a uma das mais completas carreiras no jornalismo, que pode colocá-lo em pé de igualdade com os nomes mais conhecidos e festejados da imprensa brasileira. Não há nenhum excesso neste comentário sobre a trajetória profissional de um jornalista que fez sua caminhada num jornal do interior, O Jornal de Montes Claros, deixando de atuar nos órgãos do eixo Rio de Janeiro e São Paulo, onde se consagra a carreira e para onde vão os jovens que ambicionam o sucesso e a fama. Você se contentou com a reputação adquirida na imprensa de Belo Horizonte, na cobertura política, em período de efervescência nacional, após a redemocratização, na década de 1940, e tomou a decisão de retornar às origens sertanejas, no momento em que deveria ter se transferido com armas e bagagens para a metrópole. Foi este o rumo tomado por seus colegas de redação, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino, Fernando Sabino, Alphonsus Filho e tantos que tomaram o trem Vera Cruz e foram brilhar no Rio. Dá para acreditar no destino. Bandeira fala da “vida que poderia ter sido e que não foi.”, que não é o seu caso, conforme relata em seu livro de memórias. Aconteceu que foi flechado por Cupido e trocou o sucesso pela felicidade. Apaixonado por uma beldade loura, mandou o jornal às favas, tendo decidido casar e abrir uma banca de advocacia em Montes Claros. Queria apenas ser feliz e acertou na escolha de seu par, dona Inilta, sua companheira da vida inteira e musa inspiradora. Juntos, trabalhando lado a lado, comungando os mesmos pensamentos, constituíram bela família de que muito se orgulham. Realmente, foi melhor do que ter ido para o Rio... A advocacia durou pouco, e o jornalista teve uma recaída, Comprou o jornal, que circulou de 1951 a 1990, funcionando como um baluarte na defesa das reivindicações mais destacadas da comunidade. Nas grandes crises, abria as baterias e fustigava as autoridades competentes buscando soluções para as necessidades prementes, como ocorreu na década de 1950, com a falta de luz. Houve outras campanhas memoráveis, merecendo destaque a moralização do tribunal do júri, que fez de Montes Claros uma cidade finalmente civilizada. Anteriormente, nossos jurados, submetidos ao domínio dos caciques políticos, absolviam até cangaceiro, como aconteceu em 1930, no julgamento do famigerado Rotílio Manduca, com muitas mortes nas costas e merecedor da pena máxima. O jornalista corajoso, que não teme cara feia, que caminha em cima da fumaça, realizou esta obra desafiando forças poderosas, até sucumbir com o fechamento do jornal, para não perder a tradição de independência e dignidade conquistada em quatro décadas de circulação.

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