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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Viagem pelas ruas de Montes Claros em 12 de outubro Raquel Souto Chaves A chuva mansa e criadeira que cai neste 12 de Outubro, Dia das Crianças, não nos impede de sair andando e brincando pelas ruas de Montes Claros. Na esquina da Avenida Coronel Prates com Rua Presidente Vargas, o Sr. Geraldo Caíres, de Francisco Sá, recebe dois viajantes vindos de Buenópolis para se hospedarem em sua pensão. No canteiro central da Avenida Keka, Lúcia e Cláudio recebem a autorização do pai Santinho Amorim para brincarem com as outras crianças. Berenice e Cristina, de Tio Ney e Tia Maria, descem a Rua Padre Augusto montadas em uma bicicleta. Jaqueline Pereira e Ellen Parrela, esbaforidas, vão junto. Marcelo Brant sai em disparada para chamar Simone e Eduardo, seus irmãos. - Desta vez, não ficaremos de fora. Ana Maria Barbosa, que mora na Avenida Afonso Pena e vive reclamando de ser excluída, anuncia a sua chegada com um tropicão, na beira do passeio. Érica, Marcelo e Marcone, de Valéria de Paula, exibem os brinquedos que acabaram de ganhar. Os meninos de Beli e Pavaneli, Elder, Lincoln e Isabel, recém chegados de Pirapora, com as mãos abarrotadas de jaboticabas fazem a festa. Algumas, as mais durinhas, são escolhidas para substituírem bolinhas de gude. Ariane, Arilene, Andréia, Juliano e Mônica, defronte da sapataria de Cajú, dão sinal de que querem brincar também.Fred, Roy, Raimundinho e Eduardo na academia de Catão, trocam de cor de faixas e, minutos depois, aproximam-se, cantando vitória. Tone, de Jandira, vizinho de Dr. Simeão e do Sr.Geraldo Gomes, ao meio-dia em ponto, estoura foguetes em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. Tio Vicente faz uma chuva de balas. É menino correndo pra todo lado. Ordem!, seu lugar!, sem rir sem falar... A imensa bola que meu pai trouxe de Belo Horizonte repica no muro do Salão Paroquial. Polícia/ladrão é a brincadeira seguinte. Três da tarde, Laura Laungton desce a escada do prédio onde mora na Rua Presidente Vargas com uma cesta de biscoitos para nos servir. O “desengasga gato” fica por conta de seu Carlos. A cana foi moída há poucos minutos em sua venda. O caldo está doce como mel. Depois de nos fartarmos com este banquete, a brincadeira continua. Têca e Joanes, de dona Terezita, jogam Maé com casca de banana no passeio de Dr. Luis Pires, que os observa, de cara fechada. Na brincadeira de cabra cega, Tata de Carlile Quintino leva horas para localizar um de nós. Pedro Paulo, de Maria Melo, pula corda com Tata e Cida, filhas de tia Lígia. Andréia Maia, no jogo de ‘Queimada”, acerta Ninha, que sai resmungando. Do outro lado da rua, minha mãe mostra o relógio, chamando-nos para o banho. Às 17:45 saímos rumo a Matriz, para a missa. - Boa noite dona Duduca e Seu Wilson! - A paz de Cristo, Dona Nair. Padre Dudu dá inicio a celebração. Acomodada no banco da frente, encosto a cabeça no ombro da minha mãe e cochilo. Sonho correndo entre os bancos brincando de Pega-Pega. Acordo, minutos depois, com o safanão e os pitos do vigário querido: - Acorda, menina. Presta atenção na missa, que a vida não é só brincadeira!!! (Estas lembranças eu as dedico às quatro crianças que morreram no trágico incêndio no Feijão Semeado, esta semana, em Montes Claros, e a todos que, como eu, teimam em ser criança)

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