Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: PATRULHA DO SILÊNCIO José Prates Roberto Santiago comenta em sua mensagem neste mural que Montes Claros, uma cidade que se tornou metrópole pelo seu desenvolvimento demográfico, arquitetônico, comercial e cultural, elevada na Igreja a sede da Arcdiocese, ainda permanece pequena na mentalidade dos seus governantes, cujas administrações são feitas da mesma forma que eram procedidas quando a cidade era um quinto do que é hoje, com uma população que parecia uma grande família onde todo mundo conhecia todo mundo; os habitantes saudavam-se mutuamente ao se cruzarem nas ruas e os problemas que surgissem eram resolvidos quase de imediato. A cidade cresceu no horizontal e agora cresce no vertical, surgindo edifícios majestosos cuja altura sobrepuja a imponente torre da Igreja Catedral, coisa inimaginável no tempo da cidade pequena De lá pra cá, tudo cresceu, mas, como disse o muralista, a mentalidade administrativa continua pequena, ainda igual a do Montes Claros dos anos quarenta. Não é, obviamente, falta de competência ou de interesse dos mandatários do município, mas, o sistema de administração a que estão presos, vem de longe sem sofrer alteração. Assim era e assim ficou até agora. A notícia que circulou na cidade, no principio de dezembro último, dando conta da criação de uma patrulha do silêncio, noticia que foi transmitida à imprensa pelo próprio Prefeito, encheu a todos de esperança, porque viram na medida anunciada a erradicação do barulho que incomoda a todos, como, também, a obediência e respeito às leis. O que mais chamou a atenção da população e deu a certeza de que a medida anunciada vinha satisfazer a finalidade para que foi adotada, estava no anuncio do Prefeito que dizia textualmente: “A Patrulha do Silêncio não veio somente fiscalizar e multar os que teimarem em promover shows barulhentos, mas, com o objetivo, também, de educar os moradores”. Durante uns três dias não se viu reclamações de barulho e até imaginamos que fosse resultado da ação dessa patrulha. Entretanto, a decepção chegou mais cedo do que pudéssemos imaginar: o barulho incomodativo e ferindo as leis de proteção ao meio ambiente continua, sem nenhuma alteração, pelo que dizem as reclamações que voltaram a chegar ao moc.com. Onde está, então, a anunciada patrulha do silêncio? A Sra. Bruna Rocha, sem muito trabalho, descobriu e veio ao Mural com a mensagem 54586 esclarecer a situação, dizendo-nos que “quem quiser conhecer o carro da Patrulha do Silêncio, comprado com dinheiro do Fundo Municipal de Meio Ambiente, destinado pelo Ministério Público, está estacionado entre as salas do Secretário Municipal de Meio Ambiente e do Supervisor Regional de Meio Ambiente do Estado, tomando sol e chuva e imóvel. Tomara que comece a ser usado.” O anuncio da criação da Patrulha do Silencio foi verdadeiro: ela foi criada e o carro adquirido. Apenas não funcionou e o carro ficou estacionado, como disse Dona Bruna. Falta o que? É uma resposta que cabe ao Sr. Prefeito dar aos seus munícipes. Ou melhor, àqueles que pelo voto, delegaram-lhe poderes para administrar modernamente o município, encarando Montes Claros como um centro de civilização e comércio, uma metrópole. O que falta para isto? Olhar a cidade com outros olhos e mudar o jeito de administrá-la. Montes Claros deixou de ser a princesinha criança. Agora é adulta, rainha do norte de Minas e é assim que deve ser vista e administrada. Quanto ao barulho que incomoda muita gente é fácil solucionar: basta disposição para colocar em funcionamento a patrulha do silêncio com patrulheiros disciplinados, fazendo cumprir a lei do silencio. Só isso e mais nada. (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores).
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima