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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 31 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Gostaria de prestar uma homenagem à minha e a todas as mães montesclarenses pelo dia das Mães. NO COLO DA MÃE A VIDA SE APRENDE Mistérios divinos envolvem a maternidade que nem à própria mulher são revelados! Ela a exerce não por mérito, mas como um dom. Por Amor e cuidados, o Criador enviou Seu Filho através da mulher e da sua maternidade. E através do Filho Jesus ao proferir as célebres palavras: “Mulher, eis aí teu filho.” e ao discípulo: “Eis aí tua Mãe” (Jo 19,25-29) como um precioso legado a deixou. No colo da mãe, a Vida se aprende. Não importa a idade, o tempo - a mãe transcende o tempo e espaços físicos. É possível encontrá-la sempre que dela precisamos, independentemente de estar ou não ainda entre nós. E no seu colo continuar as lições de vida ou buscar o beijo que cura quedas e arranhões. Cecília Meireles ao iniciar o seu poema Motivo, com a beleza e simplicidade que lhe foram próprias, se define: “Canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta.” Já eu sei que canto, porque ouvia minha mãe cantar. E me arremedo poeta, porque com ela aprendi os primeiros poemas. Ainda muito pequena, me lembro, ficávamos estendidas sobre sua cama, fundidas nas dimensões da beleza e dos sentimentos. Ela declamava para mim o Pássaro Cativo - de Olavo Bilac, uma lindíssima história de um pássaro prisioneiro na gaiola, dos seus anseios de liberdade e os apelos ao coração do homem. E tantas outras mais. Momentos maravilhosos que no meu coração abriram caminhos para a música e a poesia. Marcas de enlevo e encantamento tatuando emoções e lembranças inesquecíveis! Riquezas acumuladas na alma! Ainda no colo, na pureza da alma em seus primeiros anos, defronte ao oratório firmado no “terreno sagrado” que ficava atrás da porta entreaberta do quarto de meus pais, outras sementes foram plantadas: as da Fé, do Amor e Temor a Deus. Semeadas e cultivadas por mãos predestinadas lançaram raízes que se aprofundaram e se fortificaram. Hoje, sustentam os meus pés no chão, minha cabeça erguida com dignidade, meus olhos firmados no alto e a consciência de cidadã e filha muito amada de Deus. Foi assim, com as mãos postas, no aconchego da minha mãe, repetindo cada palavra sua que aprendi minha primeira oração e que nunca mais esqueci de rezar:“ Anjo do Senhor, Meu zeloso guardador...” Ali me foi apresentado o meu inseparável companheiro e anjo de guarda. Presente de Deus que as mães têm a graça de poder abrir e mostrar aos seus filhos. Ainda hoje, na caminhada e busca incansável própria do homem em direção à plenitude (corpo, mente, espírito) em Deus, certamente, minha mãe é presença espiritual constante que me acompanha com seu cuidado e olhar atento. Interessante perceber, ao evocar as lembranças dela, que em todos os tempos as Mães tiveram esse papel de base, de rumos e prumos. E com discrição. Poucas, no espetáculo da vida, puderam ter posturas de prima dona. Mesmo hoje, cabendo as proporções de cada tempo, as mães continuam nos seus silenciosos trabalhos de coxias, de retaguarda, construindo o mundo através dos homens e mulheres: seus filhos - estruturados na firmeza e afagos dos seus colos. Mães, decantadas pelos seus feitos, mas quão pouco reconhecidas e amparadas nas suas carências, lutas e fragilidades para prosseguir realizando seu mister! Há que não se deixar abater sobre as mulheres o medo, a insegurança, o desânimo, desespero e dificuldades tantas que, talvez mais nesses últimos tempos, lhes tem perseguido e anuviado o dom e a força da maternidade! Os resultados colhidos têm sido desagregações, distorções e desistências do seu papel, o que com preocupante freqüência temos visto estampado nos noticiários. Enquanto escrevo me vêm à lembrança as palavras do poeta, que como adivinhando, já alertava para esse cuidado com as mães: “ (...) enquanto uma mãe cantar junto a um bercinho, haverá esperança para o mundo! “ As mães, no realizar da maternidade semeiam nos corações dos filhos a fé, esperanças, amor e aspirações que desabrochando como flores e frutos mais adiante, possibilitam aos homens a persistência e intrepidez para o construir e enfeitar o mundo. As lembranças da minha mãe, que hoje desvelo, vêm confirmar estes versos. Minha mãe - Ambrosina de Sena Almeida - na forma e essência com que me plasmou, se faz presença viva no cotidiano do meu ser e fazer e nas saudades da mãe e amiga – doce como uma ambrosia. Nas orquídeas, que com ela aprendi a amar e cultivar, até hoje colho seus versos de amor nos lindíssimos, coloridos e perfumados botões, que desabrocham a seu tempo, no meu jardim. Geralda Magela de Sena Almeida e Sousa

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