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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 31 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Veja a notícia da Folha de S. Paulo, de hoje: Barulho pode prejudicar a saúde; conheça lugares quietos em SP - Julliane Silveira- O consumo de calmantes e a queda de cabelo causada por estresse não têm relação com a vida pessoal e profissional da analista contábil Cristiane Alves, 35. A fonte de tensão é o barulho na sua casa, na zona sul de SP. As janelas antirruído não dão conta de barrar o volume alto dos carros nem o som dos bares. Houve noites em que foi dormir em um hotel. ´O próximo passo será colocar forro de lã de rocha no teto. Um investimento louco. Deveria estar pagando uma pós, mas tenho de gastar dinheiro por causa da inconsciência alheia´, desabafa. Seu plano de médio prazo é se mudar de São Paulo. ´Os bairros calmos foram muito valorizados e não tenho condições de ir para eles.´ A exposição crônica a altos ruídos pode gerar mais danos do que perda auditiva e zumbido. Trabalhos científicos associam som alto a insônia, ansiedade, estresse, aumento da pressão arterial e alteração no funcionamento do estômago. Para Ayurveda, um dos mais antigos sistemas medicinais, o excesso de estímulo a algum dos sentidos afeta o físico e a mente. ´Barulho demais gera vibrações que aceleram o organismo´, diz o terapeuta Erick Schulz, vice-presidente da Associação Brasileira de Ayurveda. Crianças já sentem os efeitos de ambientes ruidosos.Para seu pós-doutorado na Unicamp, a fonoaudióloga Keila Knobel está entrevistando alunos de sete a 11 anos sobre ruídos. Dados preliminares mostram que mais de 90% das crianças não gostam de música alta nem de barulho e sabem que esses sons fazem mal. Dizem que são expostas ao ruído pelos adultos. ´Estamos em um mundo onde vence quem fala mais alto. Os alunos reclamam, mas eles mesmos não conseguem controlar o barulho que fazem´, diz Knobel. No Colégio Santa Maria, em São Paulo, a professora Luciana Proença criou o ´minuto do silêncio´, em que seus alunos, de três anos, fazem uma pausa para pensar. ´Eles não entendem o que é silêncio´, conta.Algumas iniciativas isoladas já indicam a necessidade de ouvir menos. O bar Sonique, em São Paulo, faz uma balada sem música ambiente. Quem quer dançar escuta o som em fones de ouvido. ´Mesmo para o maior amante de música eletrônica, passar horas ouvindo é maçante. Nas festas em silêncio, a equipe trabalha mais tranquila´, conta o gerente Daniel Maculan. Quando os retiros de silêncio surgiram no Brasil, achavam que era ´coisa de louco´. Nesses encontros, que duram dias, pratica-se meditação e todos ficam mudos a maior parte do tempo. ´Hoje há vários retiros lotados. A necessidade é tanta que as pessoas pagam preços exorbitantes´, diz Schulz. No dia a dia, a saída é buscar oásis no caos. ´Cerca de 15 minutos longe do barulho já descansa as células ciliadas do ouvido´, diz a otorrinolaringologista Márcia Kii, do Instituto Gunz Sanchez. Com a ajuda de Kii, a reportagem mediu os níveis de ruído de alguns lugares em São Paulo onde é possível descansar o ouvido

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